Segunda, 24 Janeiro 2022 18:34

Paramos o Santander

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A manhã deste sábado (22) deu praia, com sol e muito calor. Mas não para os os bancários do Santander, que foram convocados para um trabalho ilegal imposto pelo banco espanhol e nem para os diretores do Sindicato do Rio, que estavam nas agências e na rua, atentos na luta para defender os direitos da categoria.

No mês em que comemora os seus 92 anos, o Sindicato, que é uma referência para a categoria desde 1930 na defesa dos direitos dos bancários e bancárias e no enfrentamento contra os abusos dos banqueiros, deu uma resposta dura, a altura dos abusos do Santander, que com sua visão de “colonizador”, age como se estivesse acima das leis brasileiras e vê o Brasil apenas como fonte de lucros, acreditando que seus empregados podem ser explorados indiscriminadamente. O banco está enganado.

Descumprindo as leis

O Santander, desrespeitando a legislação trabalhista e as entidades de classe,  resolveu abrir suas agências em pleno sábado, o que motivou uma ação judicial do Sindicato para impedir a ilegalidade, parando as agências do Centro, Bonsucesso, Ilha do Governador, Jacarepaguá ( Freguesia e Taquara), Meier, Penha, Ramos, Tijuca, Vila Isabel, Campo Grande e Madureira.

Ação rápida do Sindicato

O Sindicato, mais uma vez, honrou a sua história de 92 anos de luta e na decisão judicial, por tutela antecipada, obtida pelo nosso Departamento Jurídico, através do trabalho do advogado e assessor, Márcio Cordero, que determinou ao banco espanhol o cumprimento da legislação de não funcionamento aos sábados, com multa de R$50 mil por agência aberta e R$10 mil por bancário obrigado a cumprir o trabalho ilegal.

“Demos uma grande demonstração de força política e jurídica e impusemos ao Santander o respeito aos nossos direitos”, disse a Presidenta em exercício do Sindicato, Kátia Branco, que comemorou o êxito da mobilização da categoria e a vitória jurídica.

“Ter um governo dos banqueiros, como é o de Bolsonaro, permite que o banco espanhol se sinta no direito de impor o trabalho aos sábados, burlando a lei, desrespeitando os trabalhadores e sua representação de classe. Mas nós resistimos e vamos enfrentá-los sempre que for necessário”, acrescenta Kátia.

Banco admite sua derrota

O dirigente sindical e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander, Marcos Vicente, destacou a importância desta vitória dos bancários contra o desrespeito do grupo espanhol com seus funcionários e com toda a categoria.

“Este sábado vai ficar marcado como o dia em que os bancários fizeram valer seus direitos e mostraram ao banco espanhol que vamos até o fim na luta em defesa de nossos direitos. E saímos vitoriosos, como o próprio banco admitiu em nota divulgada para a população. O recado da categoria está dado: Santander, respeite o Brasil e os brasileiros”, completa o sindicalista.

Em diversas partes do país, sindicatos da categoria também conseguiram derrotar o banco e impedir o trabalho ilegal no sábado. 

 

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