Sexta, 13 Novembro 2020 13:48

Aymoré financiamentos, do grupo Santander, demite para contratar PJs

Banco se utiliza de mudanças de regras promovidas pela reforma trabalhista aprovada no governo Temer e ampliada por Bolsonaro
CRUELDADE SEM LIMITES - Marcos Vicente: “É mais um ato cruel do Santander que eleva a exploração e reduz a remuneração média dos empregados, retirando direitos trabalhistas” CRUELDADE SEM LIMITES - Marcos Vicente: “É mais um ato cruel do Santander que eleva a exploração e reduz a remuneração média dos empregados, retirando direitos trabalhistas” Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A financeira Aymoré, do grupo espanhol Santander, está demitindo funcionários em massa para contratar Pessoas Jurídicas (PJs). A situação dos trabalhadores da empresa é dramática: ou aceitam ser recontratados como PJs, ou seja, sem nenhum direito previsto na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou ficam desempregados. No Rio, cerca de 105 empregados já foram dispensados. As mudanças são possíveis desde a reforma trabalhista implementada pelo então ministro da Fazenda do Governo Temer, o banqueiro Henrique Meirelles, que abriu a possibilidade de terceirização de atividades-fim e contratação de pessoas jurídicas.

“É mais um ato cruel do grupo Santander que eleva a exploração de seus funcionários, reduzindo a remuneração média dos trabalhadores e retirando os direitos trabalhistas. Fica claro porque banqueiros e grandes empresários estiveram por trás do golpe que levou Temer a presidência da República e que agora apoiam as medidas do atual Ministro da Economia Paulo Guedes, sempre em prejuízo dos trabalhadores e para beneficiar os patrões”, avalia o diretor do Sindicato Marcos Vicente, que é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander.

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