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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Santander foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar o lucro líquido recorrente do segundo trimestre de 2025. O resultado: R$ 3,659 bilhões, um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 5,2%.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE) ficou em 16,4%, superando a expectativa do mercado, que era de 16,3%. Com isso, o banco espanhol demonstra recuperação no Brasil, após os impactos causados pelo escândalo das Lojas Americanas, em 2022.
Exploração e adoecimento
Por trás dos resultados positivos, no entanto, está uma política de gestão de pessoas marcada pela exploração. Pressão por metas, assédio moral, fechamento de agências, demissões em massa e práticas antissindicais têm sido recorrentes. A avaliação é do diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Marcos Vicente.
“Os trabalhadores brasileiros são responsáveis pela maior parte do lucro do Santander, mas sofrem com sobrecarga, assédio, desrespeito e medo constante de demissão. A política de metas é desumana e tem adoecido os funcionários”, denuncia Vicente.
O dirigente sindical também critica o modelo adotado pelo grupo espanhol, que, segundo ele, é o que mais promove a terceirização e a pejotização no setor bancário. “O Santander burla até mesmo a legislação trabalhista brasileira”, concluiu.