Sexta, 02 Mai 2025 14:09

Santander continua demitindo e fechando agências, mesmo com avanço do lucro de cerca de 28%

Diretor do Sindicato, Marcos Vicente: “Mesmo com a escalada expressiva nos resultados o Santander segue com o fechamento de agências, de postos de trabalho e com a prática da precarização da relação do trabalho através de fraudes na terceirização”. Diretor do Sindicato, Marcos Vicente: “Mesmo com a escalada expressiva nos resultados o Santander segue com o fechamento de agências, de postos de trabalho e com a prática da precarização da relação do trabalho através de fraudes na terceirização”.

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

No balanço divulgado no último dia 30, o primeiro dos grandes bancos, o Santander mostrou lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento da carteira de crédito e da rentabilidade. O diretor do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Marcos Vicente, criticou a ganância do banco espanhol que, mesmo com lucros crescentes, tem mantido a prática injustificada de demitir e fechar agências.

“Mesmo com a escalada expressiva nos resultados o Santander segue com o fechamento de agências, de postos de trabalho e com a prática da precarização da relação do trabalho através de fraudes na terceirização”, afirmou. Esta terceirização fraudulenta, prejudica a categoria, mas também os clientes e toda a população usuária dos serviços.

O dirigente lembrou que este artifício usado pelo banco de criar empresas dentro de sua própria estrutura sem considerá-las de atividade bancária, e de extinguir agências, além de retirar direitos dos trabalhadores que deixam de ter os mesmos direitos dos bancários, afeta em cheio o atendimento à população que precisa se deslocar por quilômetros para encontrar uma agência.

Marcos frisou que uma política de gestão inteligente deveria aumentar a produtividade através da valorização dos bancários responsáveis pelo aumento expressivo do lucro.  “Mas o banco parece viver na Idade da Pedra das relações sociais, servindo mal aos clientes, jogando pais a mães de família no desemprego e sobrecarregando os funcionários que ficam e adoecem”, denunciou.

Bloomberg: banco perde com a alta da Selic – O balanço divulgado mostra que o retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês), ficou em 17,4%, alta de 3,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Bloomberg, trata-se de uma surpresa, já que parte dos analistas esperava uma queda no indicador. 

Segundo a Bloomberg, a filial do banco espanhol, junto com o Bradesco, é apontada como uma das perdedoras com a esticada da Selic, a taxa básica de juros, que pode chegar a 15% em 2025. “Apesar disso”, diz a Bloomberg, “o Santander voltou a ganhar a confiança de algumas análises, que veem o papel negociado a preços atrativos e com resultados melhores do que o esperado. No ano, a ação sobe cerca de 20%”.

Lucro com juros e tarifas – As receitas totais ficaram em R$ 21 bilhões, elevação de 7% ante o mesmo período do ano passado, no que o banco classificou como ‘boa evolução’, puxado pela margem financeira, com incremento em margem com clientes, beneficiada por maiores volumes e spreads. 

Mídia