Quinta, 10 Dezembro 2020 23:08

Assembleia do BNDES nesta sexta (11) poderá definir campanha salarial

Com limites de negociação esgotados, Contraf-CUT, sindicatos e associações orientam o funcionalismo a aprovar a proposta da direção do banco

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Os funcionários do BNDES realizam nesta sexta-feira, dia 10 de dezembro, uma assembleia online que poderá definir a campanha salarial. A votação ocorrerá das 10h às 20h para permitir uma grande participação dos funcionários na decisão sobre o Acordo Coletivo de Trabalho. Será votado ainda a contribuição assistencial que terá os mesmos parâmetros dos demais trabalhadores da categoria bancária: 1,5% do salário e comissões limitado de R$50 a R$250, descontados de uma única vez.

Manutenção de cláusulas

Em função dos limites de negociação terem se esgotado, as entidades representativas dos trabalhadores (Contraf-CUT, sindicatos e as associações do funcionalismo) após meses de uma negociação muito difícil, com a direção do banco tentando atacar direitos conquistados, orientam pela aprovação da proposta patronal para o Acordo Coletivo de Trabalho.

O vice-presidente da Contraf-CUT Vinícius de Assumpção disse que os trabalhadores conseguiram o que foi possível nas mesas de negociação.

“Conseguimos manter a cláusula da estabilidade e mantivemos, em parte, os direitos que estavam sendo atacados pelo BNDES. Garantimos o direito a delegados representantes de base, que terão as mesmas condições dos dirigentes sindicais para atuar em defesa dos funcionários. Por isso estamos  orientando pela aprovação da proposta, já que esgotamos todas as possibilidades de negociação”, afirma. Ficou preservada também a chamada autonomia técnica, ou seja, um profissional técnico da empresa poderá alertar ou mesmo deixar de assinar um relatório sem que ele sofra punição ou perseguição política, um preceito importante que faz parte da história do BNDES.

“Não conseguimos tudo que o funcionalismo merece e espera, mas garantimos o que foi possível, na mais dura negociação já enfrentada pelos trabalhadores com a direção do banco, fruto da atual conjuntura política em que vivemos”, conclui Vinícius.

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