Segunda, 18 Janeiro 2021 22:00

Sindicato faz 91 anos de lutas e conquistas

Diretoria do Sindicato visita agências no mês de aniversário  do Sindicato. Na foto a presidenta da entidade,  Adriana Nalesso, entrega lembrança a bancária. Diretoria do Sindicato visita agências no mês de aniversário do Sindicato. Na foto a presidenta da entidade, Adriana Nalesso, entrega lembrança a bancária.

No último dia 17, o Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro completou 91 anos. Em 5 de novembro de 1929, foi criado com o nome de Associação dos Funcionários de Bancos do Rio de Janeiro e transformado, em 17 de janeiro de 1930, em Federação dos Bancários do Brasil, passando esta data a contar como a da criação da entidade sindical.
Em 1931 passou a se chamar Sindicato Brasileiro de Bancários. Na época o Rio de Janeiro era a capital do país. Por isto mesmo, a ideia original era ter uma entidade que representasse a categoria nacionalmente. A diretoria tem feito visitas às agências, presenteando a categoria com uma pequena lembrança, um caderno de anotações com a íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a CCT específica da PLR e um pedaço do bolo de aniversário.

Muitas conquistas

“É fundamental que neste momento, mesmo não podendo nos reunir para festejar por conta da pandemia, estar presente e comemorar esta data importante junto com a categoria”, frisou a presidente do Sindicato, Adriana Nalesso.

Adriana acrescentou que a comemoração é importante por ter a entidade levado a categoria a garantir ao longo destas décadas, diversas conquistas. E por juntamente com vários outros setores da sociedade, participar da coordenação das lutas nacionais mais gerais que garantiram avanços para o país, como as mobilizações contra o regime militar, em defesa da democracia, a anistia, o Fora Collor, contra as privatizações e por direitos válidos para todos os trabalhadores. Vários companheiros foram presos, torturados e mortos, como o ex-presidente do Sindicato, Aluízio Palhano.

Um pouco da história do Sindicato

• 1930 - Fundação da Federação que deu origem ao Sindicato.
• 1933 – Conquista da jornada de seis horas.
• 1961 – A maior greve dos bancários até então, conquistando anuênio, salário profissional, gratificação de função e a data-base de 1º de setembro
• 1963 – Extinto o trabalho aos sábados.
• 1964 – Golpe de Estado intervém nos sindicatos, prende dirigentes e proíbe greves.
• 1971 – O então presidente do Sindicato, Aluizio Palhano é preso e assassinado pela ditadura.
• 1979 – Eleita diretoria de oposição ao regime. Primeira greve bancária durante a ditadura militar.
• 1980 – A ditadura começa a se enfraquecer diante da pressão popular e das greves que se multiplicam. O Sindicato volta a organizar-se pela base com grandes assembleias e greves. Fundado o PT.
• 1981 – Sindicato articula campanha em defesa das estatais, entre elas o Banco do Brasil, cujos trabalhadores estavam com direitos ameaçados pelo governo. A mobilização unificada derruba o pacote.
• 1983 – Fundada a CUT.
• 1984 – Sindicato participa da coordenação do movimento “Diretas, já!”
• 1985 – Greve garante que funcionários da Caixa Econômica Federal passem a ser considerados bancários. Com luta, Banco Sul Brasileiro é estatizado e passa a se chamar Meridional.
• 1991 – Unificação dos pisos salariais. Sindicato lidera a campanha nacional que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor.
• 1992 – Criada a Confederação Nacional dos Bancários (CNB) que assina a primeira Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para todo o país.
• 1994 – Categoria bancária conquista o vale-alimentação.
• 1995 – Bancários são a primeira categoria a conquistar a PLR. Lutam contra o plano neoliberal implantado pelo governo Fernando
Henrique Cardoso que tem como um dos pilares as privatizações.
• 1997 - No Rio, o governador Marcelo Alencar entrega o Banerj ao Itaú.
• 2000 – Cláusula sobre igualdade de oportunidades é incluída na CCT
• 2003 – Primeira campanha salarial unificada da categoria bancária, incluindo funcionários do BB e da Caixa. Após greve, trabalhadores dos bancos públicos conquistam a mesma PLR dos bancos privados.
• 2006 – Criada a Contraf-CUT. Funcionários do BB e da CEF passam a fazer parte da CCT.
• 2007 – Garantida 13ª cesta-alimentação e valor adicional à PLR.
• 2009 – Licença-maternidade de 180 dias e extensão de direitos aos casais homoafetivos.
• 2011 – Proibição da publicação do ranking de cumprimento de metas.
• 2014 - Bancos passam a custear exames de CPA-10 e CPA-20 exigidos pelas instituições financeiras, se o bancário for aprovado
• 2016 – Bancários assinam, pela primeira vez, CCT válida por dois anos. A conquista mostrou ser muito importante diante da aprovação da reforma trabalhista de Temer
• 2018 e 2019 – Assinada CCT que garante por dois anos direitos ameaçados pela reforma trabalhista de Bolsonaro.
• 2020 – Bancários conquistam, na primeira campanha virtual, a manutenção dos direitos da CCT anterior, por dois anos.

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