Segunda, 21 Setembro 2020 20:21

Campanha nacional reafirma importância da comunicação para os trabalhadores

Na versão impressa e nestes novos tempos, em versão digital, o Jornal Bancário leva informações de qualidade há 85 anos. As consulta nacional 2020 da categoria mostra que o site e o Jornal Bancário são os preferidos dos bancários e bancárias Na versão impressa e nestes novos tempos, em versão digital, o Jornal Bancário leva informações de qualidade há 85 anos. As consulta nacional 2020 da categoria mostra que o site e o Jornal Bancário são os preferidos dos bancários e bancárias

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Do panfleto e jornal impresso às novas tecnologias da comunicação social. Os bancários do Rio de Janeiro sempre tiveram ao seu lado o trabalho das equipes de profissionais da área para melhor informar a categoria todo dia e com presença ainda mais relevante nos períodos de campanha salarial. Este ano não foi diferente com um novo desafio: como levar informação para os bancários e bancários com o distanciamento social em função da pandemia do novo coronavírus e como alcançar os funcionários que estão em Home Office. Apesar das limitações, o movimento sindical se superou e, mesmo sendo o primeiro ano de uma campanha quase que inteiramente digital, os sindicatos conseguiram realizar com êxito a comunicação com a categoria.

Fazendo história

O Jornal Bancário completa este ano 85 anos. Segundo texto no site do Sindicato, de autoria do ex-diretor da entidade, Renato Lima, que fez um trabalho apurado sobre a história e a memória da categoria, o periódico surgiu em 1935 com o nome Bancário. A partir deste pioneirismo, sob a forma de jornal, revista ou apenas páginas soltas continuou a ser uma voz da categoria mesmo durante intervenções de períodos de ditadura e circula até os dias atuais. “Mesmo diante dos novos desafios das novas tecnologias e da pandemia do novo coronavírus, o veículo preferido dos bancários e bancárias se mantém firme em sua forma online, em arquivo PDF e produzindo notícias para o site do Sindicato através de um trabalho eficiente de nossos jornalistas e diagramadores”, explica a diretora da Secretaria de Imprensa e Comunicação, Vera Luiza. O periódico, que chegou durante muitos anos a ter edição diária, tem em seus registros as lutas da categoria pelos direitos dos bancários, greves, conquistas, como data-base, a Convenção Coletiva de Trabalho, única em nível nacional, PLR, tíquetes, e as campanhas em defesa de democracia, dos trabalhadores e da soberania nacional, como a resistência à ditadura militar e a defesa da redemocratização, o “Diretas Já” o “Fora Collor” e, mais recentemente, o “Fora Bolsonaro”.

O papel dos profissionais

Durante a reunião virtual do Coletivo de Comunicação da Contraf-CUT, na quinta-feira, dia 17 de setembro, Gerson Pereira, diretor da Comunicação da Contraf-CUT, afirmou a importância de todos os profissionais de comunicação e dirigentes sindicais nos debates sobre a criação das redes sociais no movimento sindical e elogiou o trabalho feito numa campanha desafiadora. .
“A assessoria dos profissionais de comunicação é muito importante, como jornalistas, designs, assessores de marketing e assistentes de mídias sociais. Jornalistas chegaram a trabalhar quase 700 horas em três meses no pico desta campanha salarial e não é só trabalho no campo virtual, mas foram feitos banners, projeções em edifícios, e os textos foram feitos pelos jornalistas. Chegamos a produzir 78 vídeos. É preciso afirmar como estes profissionais são importantes”, explicou o diretor de Comunicação da Contraf-CUT, Gerson Pereira.

O poder do Twitter

A relevância do Twitter não para de crescer como instrumento de comunicação. Cerca de 2,5 milhões de pessoas entraram no twitter durante a campanha dos bancários. A campanha em defesa da Caixa com a hasthag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil teve 153 mil visualizações no Twitter. A campanha #bancosexploram resultou em 50 mil compartilhamentos, revelando também números expressivos.
“Nós sabemos que este é o primeiro momento do uso das redes sociais nas campanhas. Temos que nos inserir nesta revolução digital. A gente aprende a usar estes instrumentos ou vamos ficar alijados deste processo”, disse Alexandre.

As publicações mais curtidas

As publicações mais curtidas no Twitter foram as da hashtag #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil, em julho, 153 mil visualizações. Em agosto, #NaLutaComVocê (46,4 mil) e em setembro, a campanha em defesa dos tíquetes teve 8,1 mil visualizações. A hashtag #BancosExploram esteve durante cinco dias de twittaço entre os assuntos mais comentados da rede.

Novos tempos

Os participantes da reunião destacaram ainda a importância da realização de seminários de comunicação e oficinas. Em 2020, a Contraf-CUT fez dois dias de cursos com oficinas sobre o tema. “O bancário só não expõe a cara, mas ele participa da campanha virtual”, acrescenta Alexandre, que lembrou que o slogan “bancos exploram” não é novo, mas vem deste o tempo da CNB (Confederação Nacional dos Bancários), entidade que antecedeu a atual Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). “O slogan da campanha ”bancosexploram” deu tanto o que falar já naquela época, que tivemos que retirar busdoor porque os bancos entraram com ações judiciais para retirar a expressão das ruas”, lembra. Seja no uso de Outdoors, busdoor, panfletos, jornal ou com as hastagh nas redes sociais, está claro que tudo o que mexe com a imagem dos bancos e empresas preocupa os donos e acionistas destas instituições.

Parabéns a categoria bancária que soube se reinventar em função da pandemia e da necessidade cada vez maior do uso das redes sociais, que veio para ficar e pelos 90 anos do Jornal Bancário, impresso ou online, sempre informando a categoria com qualidade e profissionalismo.

 Número de acessos da mídia sindical bancária*
Twitter 2.5 milhões de acessos
Instagram 950 mil de acessos
Site 290 mil acessos e 1,1 milhão de visualizações
Facebook 233 mil acessos e 11.930 curtidas
*Julho a setembro de 2020. Fonte: Contraf-CUT

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