Segunda, 17 Fevereiro 2020 19:46

Com liminar, empregados não precisam se precipitar em aderir às novas funções

JUNTO COM A CATEGORIA - No último dia 13, dirigentes e delegados sindicais percorreram agências e as unidades da área-meio para  dialogar com os empregados sobre as mudanças impostas  pela direção da Caixa e o risco de privatização da empresa JUNTO COM A CATEGORIA - No último dia 13, dirigentes e delegados sindicais percorreram agências e as unidades da área-meio para dialogar com os empregados sobre as mudanças impostas pela direção da Caixa e o risco de privatização da empresa

A liminar conquistada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) no último dia 11 suspendeu a reestruturação na Caixa. O banco reabriu na segunda-feira, 17, o período de manifestação de interesse em relação às vagas disponibilizadas pela empresa até o dia 2 de março.
O Sindicato e a Contraf-CUT orientam que os empregados tenham calma para manifestar interesse pelas novas funções, já que a própria Caixa estabeleceu o prazo até o dia 2 de março.
“Conseguimos tempo para buscar mais esclarecimentos e possibilitar uma tomada de decisão mais segura aos empregados. A ordem de manifestação de interesse não é critério para o preenchimento das vagas, por isso aconselhamos a utilização desse tempo para refletir sobre a decisão a ser tomada”, afirma Sérgio Amorim, diretor de Formação do Sindicato.
A falta de transparência no processo de reestruturação tem resultado em preocupação e insegurança entre os empregados. A empresa recusou-se a explicar, por exemplo, qual será a distribuição das vagas por local de trabalho após a implantação do novo modelo, informação essencial para avaliação dos empregados. Os sindicalistas denunciam ainda que as mudanças têm sido realizadas de forma unilateral, sem negociar com as entidades sindicais, desrespeitando o que prevê o acordo coletivo.
Nada de novo
Na negociação da última quarta-feira, dia 12, a “proposta” apresentada pela direção da Caixa na mesa de negociação não passou de uma outra forma de dizer tudo aquilo que já vinha sendo implementado, ou seja, não houve disposição para negociar, de fato, uma solução para o problema. Outra prova do desrespeito foi que o banco só aceitou negociar após iniciar a reestruturação, com alguns processos seletivos para as novas vagas já finalizados.
“A ação judicial foi extremamente necessária. A primeira vez que participei da mesa de negociação vi um Superintendente Nacional indagando ao coordenador da mesa por parte da Caixa o que aconteceria se eles não negociassem. É essa a forma como a direção da empresa se manifesta diante dos representantes dos trabalhadores”, diz Rogério Campanate, diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).
Confira em nosso site mais detalhes do protesto: www.bancariosrio.org.br.

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