Terça, 11 Fevereiro 2020 23:07

Plenária organiza Dia Nacional de Luta Contra a Reestrutuação

 

Nesta quarta-feira (12/2), os funcionários do Banco do Brasil farão um Dia Nacional de Luta Contra a Reestruturação, com paralisações e atos em todo o país. Em todos os estados foram realizadas plenárias para organizar o protesto. A do Rio de Janeiro aconteceu nesta terça-feira (11/2), às 19 horas, no auditório da CUT do Rio de Janeiro.

Foi unânime a avaliação dos funcionários presentes ao encontro carioca que a reestruturação, implantada através do Performa, está sendo feita para achatar a remuneração, através da redução do valor da função e do descomissionamento. E que esta reestuturação é um passo na preparação da privatização do BB, enxugando a folha de salários para facilitar a entrega aos bancos privados nacionais ou estrangeiros, decisão que o presidente do banco já tornou pública e que é uma política do governo também para outras empresas do setor público.

A consequência será a substituição dos comissionados antigos por novos, com menores valores de função, o chamado turn over. E que é preciso lutar contra a reestuturação também para resistir à privatização que, além de acabar com um banco voltado para o desenvolvimento do país, vai ter como consequência a demissão em massa. O assessor jurídico do Sindicato, Márcio Cordero, esteve presente tirando dúvidas sobre o Performa e levantando a possibilidade de medidas jurídicas que poderão ser tomadas em defesa dos direitos que estão sendo ameaçados.

Fortalecer a reistência

Rita Mota, diretora do Sindicato e da Comissão de Empresa dos Funcionários, lembrou que o BB já fez reestuturações na década de 1990, baixando salários, mas que esta é ainda mais profunda. “Se passar vem aí a privatização da qual estas mudanças são a preparação, o que exigirá uma resposta coletiva, já que o Performa vai atingir a todos a médio prazo e depois o banco deverá ser entregue a grupos privados e o presidente do BB já declarou isto”, afirmou.

E também o início de uma luta coletiva que tem que crescer para frear tanto o arrocho dos salários, quanto a própria privatização. Outra posição comum na plenária foi a de que a reestuturação é uma política de governo aplicada a outras empresas públicas como a Caixa Econômica Federal, a Petrobras, a Casa da Moeda, os Correios a Dataprev e o Serpro, entre outras. E que, por isto mesmo, é preciso unificar a luta dos empregados de todas elas.

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