Segunda, 06 Janeiro 2020 20:01

Política econômica aumenta emprego informal

O crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, ou seja, informais, vem crescendo. Esta realidade é um dos efeitos nocivos da política do governo federal que mantém estagnada a economia e, ao mesmo tempo, a confirmação de que era mentirosa a promessa de criação de empregos através da retirada de direitos com a reforma trabalhista.
O número de desempregados é estimado em 12,367 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE. Já atingido pela “reforma” trabalhista, dois anos atrás, o mercado tende a continuar produzindo o fenômeno conhecido como “bico”, como forma de sobrevivência.
Em 12 meses, o número de ocupados cresceu 1,6%, com mais 1,436 milhão de pessoas, levando o total a 94,055 milhões. Mas desse 1,4 milhão a mais, só 344 mil são de empregados com carteira no setor privado (alta de 1%). Os sem carteira cresceram duas vezes mais (2,4%), em 280 mil. E os trabalhadores por conta própria aumentaram em 3,9%, com acréscimo de 913 mil pessoas, levando o total ao recorde de 24,446 milhões.
Com a taxa de desemprego mantendo certa estabilidade (11,6% no trimestre encerrado em outubro, ante 11,8% em julho e 11,7% há um ano), o mercado de trabalho segue batendo recordes de informalidade. O país tem quase 1,5 milhão de pessoas a mais na força de trabalho, mas as vagas abertas continuam sendo, predominantemente, sem carteira e de autônomos.

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