Segunda, 30 Dezembro 2019 13:23

Santander afronta Alerj e continua retirando portas giratórias das agências

Ignorando a lei estadual que exige a instalação de portas giratórias em todos os bancos, o Santander continua retirando este importante instrumento de segurança. A lei 3.211/99 foi aprovada em 1994 pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Para que o banco espanhol colocasse de volta as portas retiradas de algumas agências, em setembro deste ano, o Sindicato, o deputado Carlos Minc (PSB-RJ), presidente da Comissão de Representação para o Cumprimento das Leis da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), conhecida como ‘Cumpra-se’ e a Polícia Federal fizeram uma fiscalização nas unidades do Santander. O gerente regional do Centro foi alertado sobre o descumprimento.  
Devido à repercussão negativa, o Santander parou a retirada. Mas voltou a fazê-lo na segunda-feira (16/12) na agência Rio Branco 70, às vésperas do Natal. Um “presente de grego” para bancários e clientes que que ficam sem esta importante proteção.
PF: lei tem que ser cumprida
Os agentes da PF, na fiscalização, deixaram claro ao representante do Santander que independentemente da norma de segurança federal, os bancos têm o dever de cumprir as leis, sejam estaduais ou municipais. A fiscalização foi acompanhada pela imprensa. “Vivemos um momento de insegurança e já tivemos diversos casos de assaltos em agências bancárias, inclusive com funcionários alvejados. A retirada das portas não traz melhorias e muito menos segurança. É um banco espanhol que está no país e precisa respeitar nossas leis”, reiterou Minc.
A lei 3.211/99, prevê multa diária de R$ 342. O parlamentar explicou que uma notificação seria enviada ao Ministério Público (MP-RJ) e à Procuradoria Geral do Estado (PGE), dando ciência do descumprimento e exigindo a punição.
“A insegurança é geral no estado e no Santander em particular. Basta ver o número de assaltos, o que exige, além da colocação de portas giratórias mais reforço na segurança”, afirmou Marcos Vicente,  diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE).

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