Quarta, 21 Agosto 2019 12:06

Nosso acordo garante aumento real e pagamento da PLR em setembro

Preservação de conquistas é mais uma vitória da estratégia acertada do acordo de dois anos
Adriana Nalesso (D) durante a reunião com a Fenaban que selou a garantia do pagamento da regra básica e adicional da PLR e o reajuste salarial com aumento real Adriana Nalesso (D) durante a reunião com a Fenaban que selou a garantia do pagamento da regra básica e adicional da PLR e o reajuste salarial com aumento real

O Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada na terça-feira, 20, em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), definiu itens importantes, como a garantia de reajuste nos salários, com aumento real, pagamento da Participação nos Lucros e Resultados e dos programas próprios e demais cláusulas econômicas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho. Na pauta também, o abono das faltas ocorridas no dia 14 de junho, quando a categoria aderiu à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência.

A Fenaban confirmou que vai cumprir também o acordado em relação ao reajuste dos salários que garante a reposição da inflação (INPC) mais 1% de ganho real.

Datas da PLR

Sobre a PLR, também prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, os bancos se comprometeram a pagar até o dia 20 de setembro a regra básica bem como o adicional, apesar de alegarem dificuldades em função da data de divulgação do INPC de agosto pelo IBGE ter sido agendada para o dia 6 de setembro, uma sexta-feira. O Banco do Brasil creditará até 10 dias após a distribuição dos dividendos aos acionistas e a Caixa Econômica Federal até o dia 30 de setembro, mesma data definida pelo Santander, devido ao cálculo e sistema de pagamento do programa próprio de distribuição dos resultados.
“Enquanto muitas categorias já estão sofrendo com as mudanças de retiradas de direitos trabalhistas e a política de arrocho do governo, a categoria está assegurada pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até 2020. A partir daí, será necessário intensificar a mobilização, participando das atividades de luta do Sindicato e fortalecendo a organização coletiva e a unidade dos trabalhadores. Mas é preciso celebrar o valor de nossa Convenção Coletiva e deste acordo que preserva nossos direitos mesmo diante de uma conjuntura tão adversa para a classe trabalhadora”, explica a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.

Os sindicalistas reivindicaram a antecipação, o quanto antes, do pagamento da PLR e caso a demanda seja atendida, que os bancos informem a data ao Comando Nacional.

Abono da greve

Foi solicitado ainda o abono do dia da greve geral. A Fenaban vai consultar os bancos e dará a resposta até o final deste mês.

“A forma como os bancos processaram as faltas prejudica os trabalhadores. O desconto foi como se fosse um dia normal e não foi, estávamos lutando pelo direito à aposentadoria, contra essa reforma da Previdência que causa muitos prejuízos a todos trabalhadores, inclusive aos bancários. Não é justo que a categoria seja prejudicada por lutar por seus direitos e tenham perdas, inclusive do descanso semanal”, acrescenta Adriana.

Trabalho aos sábados

O Comando Nacional criticou a proposta de abertura de agências e de trabalho aos sábados e ressaltou que vai continuar lutando contra a aprovação do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2019 (antiga MP 881/2019) pelo Senado. A proposta permite trabalho aos finais de semana e feriados e garante apenas uma folga por mês para diversas categorias, como a dos bancários.

Os sindicatos reafirmam que não abrem mão de conquistas fundamentais da categoria, como a jornada de segunda à sexta-feira com descanso nos finais de semana e não aceitam que os bancos tomem decisões unilaterais, mesmo que baseado na nova legislação, sem dialogar com os trabalhadores.

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