Terça, 20 Agosto 2019 19:07

Witzel comemora sua política de segurança baseada na morte

Até onde vai a tara de Wilson Witzel pelo aparato de violência do estado? O governador vibrou com a morte do sequestrador de um ônibus, na ponte Rio-Niterói, como se fosse uma partida de futebol Até onde vai a tara de Wilson Witzel pelo aparato de violência do estado? O governador vibrou com a morte do sequestrador de um ônibus, na ponte Rio-Niterói, como se fosse uma partida de futebol

A cena do governador do estado do Rio de Janeiro descendo aos pulos de um helicóptero, comemorando a morte do sequestrador de um ônibus na Ponte Rio-Niterói foi patética. Wiliam Augusto foi abatido com oito tiros disparados por policiais do Bope. Wilson Witzel, comemorava mais uma morte causada por sua política de extermínio de jovens negros moradores das favelas cariocas.

Mesmo tendo a polícia militar afirmado que o rapaz que sequestrou o coletivo estava desorientado, preocupado com os passageiros e portando uma arma de brinquedo, Witzel justificou a extrema violência policial comandada por ele mesmo afirmando que as autoridades de segurança estão "revidando" a violência de criminosos do estado e que isso está resultando em mortes. Não lamentou mais este homicídio, pelo contrário, mostrava uma felicidade doentia, como se estivesse num estádio de futebol comemorando um gol.

As imagens da comemoração chocaram o mundo que vê com tristeza o Rio de Janeiro transformar-se num enorme cemitério de pobres e negros abatidos pelo estado. Com certeza os policiais podem não ter tido outra opção no caso da morte no sequestro, mas foi excêntrico e doentio o comportamento do governador. Principalmente se tratando de um político frio que desconsidera a gravidade do assassinato de jovens negros e pobres na periferia em ações policiais, como aconteceu recentemente. Foram cinco jovens em seis dias em megaoperações policiais. Eram estudantes e uma mãe com sua filha no colo, mortos pelo discurso puramente estúpido de que “é para atirar na cabecinha”, segundo defende o próprio Witzel. Este comportamento descabido e desumano tem que ser repudiado. Para defender sua política de extermínio contra jovens negros moradores das favelas cariocas, o governador do estado voltou a defender a atuação violenta e assassina da polícia militar do Rio de Janeiro.

 

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