EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Chegamos ao final de 2025, um ano marcado por profundas mudanças no mundo do trabalho pós-pandemia. O setor bancário viu, na tragédia da Covid-19, uma janela de oportunidades. Para os bancários, a postura firme da Contraf-CUT e do Comando Nacional garantiu o home office como forma de preservar a saúde e a vida de uma parcela significativa da categoria. Para os bancos, aquele momento serviu de laboratório para profundas mudanças.
O enfrentamento às estratégias dos bancos para desmontar o home office e acelerar a digitalização do atendimento foi parte do nosso cotidiano, pois, sob o pretexto de redução dos custos administrativos, parcela do sistema financeiro utilizou esse movimento para reduzir também a força de trabalho. Um dos pontos positivos é que estamos próximos de fechar um acordo aditivo para regular as ferramentas de controle do trabalho remoto, com princípios e critérios éticos.
A pronta mobilização do Sindicato nas ruas e nas agências bancárias — que contou com a estrutura das nossas secretarias de organização do trabalho de base, jurídica e de saúde — foi importantíssima na preservação de parte dos empregos e na reconquista de outros.
O ano de 2025 chega ao final com uma notícia animadora, pois uma pesquisa recente do Instituto Vox Populi apontou que 68% dos entrevistados reconhecem a importância dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores. Além disso, dados coletados pelo DIEESE demonstram a volta do crescimento da sindicalização.
No cenário geral, 2026 nos trará enormes desafios, dentre eles as eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Para definir uma linha de ação, é preciso lançar um olhar atento à conjuntura nacional.
É notório que o governo Lula trabalhou para a redução das desigualdades sociais, para o aumento da renda dos trabalhadores e para a redução do desemprego e, por isso, é fundamental a recondução do presidente para um novo mandato. Mas também é inquestionável que a maioria no Congresso Nacional atuou contra os interesses da classe trabalhadora, com alguns parlamentares incentivando ataques à nossa economia, o que poderia ter gerado mais desemprego, não fosse a resposta altiva e resoluta do Governo Federal.
Temos enfrentado grande dificuldade em aprovar o fim da escala 6x1, que atinge milhões de trabalhadores e lhes retira a possibilidade de uma vida digna para além do trabalho. No caso dos bancários, falta regulamentar melhor o trabalho no sistema financeiro, pois constatamos a atuação de diversas empresas que vendem para a sociedade a marca de banco, porém não garantem os direitos e benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Esses são exemplos claros de que é preciso mudar radicalmente a composição do Congresso Nacional.
Em 2026, entraremos novamente em campo nas lutas e negociações pela manutenção dos direitos de nossa Convenção Coletiva. Atuaremos nos diversos espaços, incluindo o parlamento, para a regulamentação do trabalho no Ramo Financeiro.
Por tudo isso, desejamos que você, bancário e bancária, celebre as festas de fim de ano com muita alegria, paz e saúde. E que iniciemos 2026 com o vigor renovado para os desafios que temos pela frente e que façamos dele um ano de vitórias e conquistas.
José Ferreira
Presidente do Sindicato
dos Bancários do Rio de Janeiro