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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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No dia 25 de novembro, atividades em todo o mundo marcam o Dia Internacional de Eliminação da Violência Contra a Mulher. A data tem origem na luta das irmãs dominicanas Patria, Minerva e María Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 por ordem do ditador Rafael Trujillo em resposta à resistência política que lideravam contra o regime.
Após cerca de 40 anos, em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data. Passados 25 anos desde então, a agenda global de enfrentamento às desigualdades de gênero inegavelmente avançou ao tratar do tema com mais profundidade, mas o problema persiste.
Movimento sindical bancário – Graças à mobilização organizada pelo movimento sindical, a categoria bancária é pioneira na criação de mecanismos de proteção às mulheres contra a violência e o assédio moral e sexual. Através de cláusulas específicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o Sindicato vem atuando para combater a violência.
Entre as cláusulas estão a política de combate ao assédio moral e sexual, a de repúdio à violência doméstica e familiar e o compromisso dos bancos em divulgar informações sobre os diferentes tipos de violência, incluindo física, moral, patrimonial, psicológica, sexual e virtual. A CCT reforça, também, a igualdade salarial entre mulheres e homens, um avanço importante no enfrentamento das desigualdades estruturais.
Entenda melhor – No Brasil, o cenário é alarmante. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de deste ano, o país registrou 1.492 feminicídios em 2024. Esse foi o maior número desde a criação da lei que tipificou o crime, em 2015. A média é de quatro mulheres mortas por dia, e a taxa de feminicídios aumentou 0,7% em relação a 2023.
Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS, divulgado no último dia 19) mostrou que pelo menos 840 milhões de mulheres, entre 15 e 49 anos, já foram vítimas de violência sexual ou doméstica em algum momento da vida em todo o mundo. O número representa uma a cada três mulheres em todo o mundo.
O relatório traz dados de 2000 a 2023 de 168 países e mostra que o cenário de violência contra a mulher praticamente não mudou desde o início do século, um ano após a ONU oficializar o 25 de novembro. Em 2000, cerca de 30,8% das mulheres no mundo, entre 15 e 49 anos, já foram vítimas de violência sexual ou doméstica em algum momento da vida. Em 2023, o percentual recuou em apenas 5%.