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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Brasil viveu no último domingo, 21 de setembro, um momento histórico. Apoiada pela iniciativa de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Paulinho da Viola, entre outros, a população lotou avenidas e praças em todo o país. Desde as Diretas Já, em 1984, não se via tamanha união popular em defesa da democracia.
Os protestos foram direcionados contra a postura de deputados federais que, enquanto travam projetos de interesse dos trabalhadores – como a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil mensais e o fim da escala 6x1 – articularam com urgência a aprovação da chamada PEC da Blindagem. A proposta busca proteger parlamentares acusados de crimes e atos de corrupção e deve ser derrotada no Senado.
Os manifestantes repudiaram ainda a manobra da extrema-direita e do Centrão para anistiar os responsáveis pela tentativa de golpe de janeiro de 2023, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de generais e coronéis de seu governo que lideraram a organização criminosa armada que tentou um golpe de Estado para instaurar uma nova ditadura no país.
Bancários no ato
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, quase 50 mil pessoas ocuparam, respectivamente, a Avenida Paulista e a Avenida Atlântica, em Copacabana. Em praticamente todas as capitais, e até em cidades do interior, houve manifestações expressivas. Os protestos também se posicionaram em defesa da soberania nacional e contra a tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump – apoiado pela extrema-direita brasileira – de prejudicar a economia brasileira com o chamado “Tarifaço” sobre produtos nacionais exportados aos EUA. Houve ainda manifestações de solidariedade ao povo palestino.
Na orla carioca, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro participaram do ato, ao lado de outras entidades sindicais e movimentos sociais.
“Estamos aqui para defender a democracia e barrar qualquer nova tentativa de golpe de Estado. Não aceitamos anistia para golpistas nem qualquer proposta que reduza as penas dos que quiseram mergulhar o país em um regime autoritário. Enquanto a direita atua apenas em causa própria, tentando garantir impunidade para seus crimes, nós – da esquerda e de todo o campo democrático – lutamos em defesa do povo, para aprovar medidas como a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e o fim da escala 6x1”, declarou José Ferreira, presidente do Sindicato.