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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da CUT Nacional
Trabalhadores e trabalhadoras de todo o país intensificam a mobilização para que o Congresso Nacional aprove, em regime de urgência, o Projeto de Lei 1087/2025. A proposta do governo Lula prevê isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês e redução das alíquotas para salários de até R$ 7.350. Para viabilizar a medida, a equipe econômica propõe a taxação das altas rendas: lucros e dividendos a partir de R$ 50 mil mensais terão cobrança progressiva de até 10%. A medida atingirá menos de 200 mil pessoas, mas beneficiará mais de 20 milhões de contribuintes da classe trabalhadora.
A lógica segue o modelo praticado nas principais economias do mundo: quem ganha mais, paga mais imposto. No Brasil, porém, a tributação é regressiva — pesa sobre os mais pobres e a classe média, enquanto os super-ricos pagam proporcionalmente bem menos.
No mês passado, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) lançou uma campanha nacional para que a sociedade pressione o Congresso a aprovar o projeto, considerado uma conquista histórica e uma antiga reivindicação do movimento sindical. A iniciativa foi divulgada no site da entidade em matéria do jornalista André Accarini.
Mesmo com seu caráter social, a proposta enfrenta resistência de setores da direita e do Centrão, que tentam barrar a votação das medidas de compensação fiscal. A estratégia, segundo a imprensa, é enfraquecer a popularidade do governo Lula ao criar artificialmente um desequilíbrio nas contas públicas. Para evitar esse desequilíbrio, é fundamental aprovar a taxação dos super-ricos — algo que parlamentares do Centrão, da direita e da extrema direita não querem.
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e com um modelo tributário extremamente injusto: enquanto os 50% mais pobres concentram apenas 14,4% da riqueza nacional, os 10% mais ricos detêm 51,5%. Apesar disso, esses últimos foram responsáveis por somente 41,6% das deduções em 2022.
Além da pressão virtual, a CUT convoca os trabalhadores a participarem das mobilizações do Dia da Independência, em 7 de setembro, integrando o Grito dos Excluídos e o Plebiscito Popular.
“O Centrão e a extrema direita querem sacrificar ainda mais a classe trabalhadora. Sempre tentam cortar gastos sociais e preservar os privilégios dos mais ricos. Por isso é fundamental estarmos nas ruas e pressionarmos o Congresso”, afirmou Ariovaldo de Camargo, secretário de Administração e Finanças da CUT. O dirigente lembra que a pauta da CUT vai além da reforma do imposto de renda: inclui também a redução da jornada sem corte de salários, o fim da escala 6x1 e a defesa do trabalho decente.
Desde 2019, a CUT tem utilizado plataformas digitais como ferramenta de mobilização. A primeira foi contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, quando a pressão virtual se somou às ruas e consolidou um novo instrumento de luta. Ao longo dos anos, a experiência foi ampliada em outras campanhas e, agora, desempenha papel essencial na disputa em torno do PL 1087/2025, considerado crucial para corrigir distorções históricas do sistema tributário brasileiro.
É simples participar: basta acessar a plataforma clicando no link abaixo, escolher o parlamentar, selecionar o canal (WhatsApp, Facebook, Instagram, X ou e-mail), abrir a janela e enviar a mensagem. A ação pode ser repetida quantas vezes quiser, ampliando a pressão sobre os parlamentares.
Clique no link abaixo e participe da campanha: