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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os encontros nacionais dos bancários das instituições privadas foram realizados, em São Paulo, na sexta-feira, dia 21 de agosto.
No Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Itaú-Unibanco, a presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Adriana Nalesso, destacou que a tecnologia deve estar a serviço da sociedade e dos trabalhadores e não ser apenas uma ferramenta para maximizar lucros.
Fechamento de agências
O Itaú segue reduzindo sua estrutura física. Entre 2014 e junho de 2025, foram fechadas 2.031 agências. Só em 2024, o Itaú encerrou 223 unidades. O Santander foi o banco que mais extingui agências: 561, seguido pelo Bradesco, 342. Desde 2018, o sistema financeiro nacional perdeu 4.853 agências, queda de 23,3. “Queremos uma transição justa para o modelo de IA, que garanta o emprego, respeite o meio ambiente e assegure o trabalho decente. Os ganhos de produtividade devem ser compartilhados com os trabalhadores”, afirmou Maria Izabel, diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Bradesco: 2.500 demissões
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e representante da COE do Bradesco, Leuver Ludolff, no encontro nacional dos funcionários destacou a importância da mobilização da categoria e do fortalecimento das entidades sindicais como caminho para resistir aos ataques dos bancos ao emprego e aos direitos dos trabalhadores. “Já são mais de 2.500 empregados demitidos no Bradesco, apenas entre janeiro e julho deste ano. No Rio, foram 178 desligamentos. Isso representa ao menos 12 demissões por dia”, denuncia Leuver.
Abusos no Santander
No encontro dos trabalhadores do Santander, além da extinção de agências físicas e as dispensas, os bancários trataram das terceirizações e da pejotização, inclusive dos casos em que o banco espanhol foi condenado pela Justiça por desobedecer a legislação trabalhista brasileira, caracterizando contratação fraudulenta de mão de obra. “Enfrentar as mudanças do mundo do trabalho é um grande desafio, mas só teremos êxito se os bancários se associarem ao Sindicato e participarem das atividades de luta”, afirmou Marcos Vicente, diretor do Sindicato do Rio e membro da COE.