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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Na abertura da 27ª Conferência Nacional dos Bancários, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, elogiou a organização nacional dos bancários. “O sistema que vocês foram construindo por décadas, é o mais completo, de representação e de negociação. Outras categorias são também organizadas, mas não nacionalmente como são vocês. Vocês souberam tirar proveito deste processo para avançar nas conquistas. Parabéns. E é isto o que esperamos de todos os segmentos: que busquem se organizar nacionalmente e internacionalmente”, afirmou.
Após o reconhecimento à categoria bancária, Marinho afirmou que o momento atual é complexo, resultado dos retrocessos após o golpe contra a presidenta Dilma. “Retrocessos que incluíram a descontinuidade de muitas políticas públicas e o enfraquecimento do movimento sindical brasileiro. Apesar da resistência liderada por Lula e de sua eleição em 2022, nossos desafios não terminaram”, afirmou. “Nossa resistência é mais necessária do que nunca agora, para dar continuidade à defesa da nossa soberania, da nossa democracia e do sonho do povo brasileiro”, acrescentou.
O ministro também abordou os impactos do tarifaço imposto por Trump na economia brasileira, ressaltando que o governo Lula tem atuado para solucionar os problemas da produção nacional e colocar crédito à disposição das empresas, de modo a garantir empregos e abrir novos mercados. “O Brasil já foi 25% dependente do mercado norte-americano. Hoje, a dependência é de 12%. O que aconteceu é que nós abrimos muitos outros mercados. Nesses dois anos e sete meses de governo”, informou.
Pejotização destrói a Previdência e o FGTS - Marinho falou ainda sobre o mercado de trabalho brasileiro, sublinhando a necessidade de o movimento sindical estar preparado para debater os impactos da pejotização. “A pejotização é mais grave que a terceirização, porque ela pode destruir a Previdência Social e o Fundo de Garantia (FGTS). E o FGTS é o responsável por financiar políticas públicas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida, e também investimentos em projetos de desenvolvimento do país. Com a pejotização, não haverá recursos para o BNDES trabalhar, da mesma forma que para o Sistema S”, alertou.
“Diante de tudo isso, o nosso desafio é olhar para essa conjuntura e saber que os nossos resultados passam pelas urnas. Conduzir Lula à presidência não foi suficiente diante da armadilha que temos no Congresso Nacional, que sequestrou e se apropriou de mais de 50% do orçamento brasileiro. Por isso, precisamos estar comprometidos com a mudança na Câmara e no Senado na próxima eleição. Pois vencer a disputa no Congresso Nacional significa dar condições de Lula fazer o melhor governo da história”, avaliou Marinho.
Falando especificamente do Senado, disse que o plano da extrema-direita é fazer a maioria daquela Casa. “`Por isto temos que ir para as ruas com a determinação de fazer em cada estado, pelo menos, um senador para que Lula possa governar melhor fazendo o que o povo brasileiro precisa. E elegermos mais deputados do nosso campo para termos mais tranquilidade para governar, além de governadores”, afirmou.
“Trago esses temas para dizer: vamos acreditar no Brasil, vamos defender nossa soberania e fortalecer a nossa democracia. Vamos fazer o debate político, pois é por essa via que podemos transformar o nosso município, nosso estado e o nosso país”, finalizou.
*Com informações da Contraf-CUT.