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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (19), protestos em agências de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
A mobilização contou com paralisações parciais em três unidades do Itaú, duas do Santander e duas do Bradesco, todas localizadas na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Os bancários protestaram contra o fechamento de agências físicas e as demissões promovidas pelos bancos privados, além de defenderem o direito da população ao atendimento presencial nos caixas e gerências.
O presidente do Sindicato, José Ferreira, ressaltou a importância da sindicalização para fortalecer a luta coletiva da categoria. “É preciso fortalecer o Sindicato para chegarmos às mesas de negociação com maior representatividade”, afirmou.
Em defesa dos empregos
Leuver Ludolff, diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, criticou a política de cortes e fechamento de unidades.
“Os bancos privados continuam encerrando o funcionamento de agências, demitindo funcionários, sobrecarregando e adoecendo os que permanecem trabalhando, enquanto negam atendimento presencial à população. Isso é inaceitável, já que o setor financeiro é o mais lucrativo do país”, destacou Leuver.
Adoecimento da categoria
O diretor do Sindicato, Sérgio Menezes, alertou para o alto índice de adoecimento psíquico entre os trabalhadores. “A pressão das metas e o assédio moral são determinantes para o sofrimento da categoria, mas os bancos sempre tentam negar a relação entre as doenças e as condições de trabalho”, criticou.
Em 2024, foram emitidos 172 Comunicados de Acidente de Trabalho (CATs) na categoria, sendo 70 deles (40,7%) relacionados a transtornos psíquicos.
A Consulta Nacional dos Bancários 2024 revelou ainda que: 76% dos participantes relataram ter tido algum problema de saúde relacionado ao trabalho; 40% estão em acompanhamento psiquiátrico e 91,5% utilizam medicamentos controlados.
Funcionário do Itaú, Gilberto Leal também denunciou o crescimento dos casos de adoecimento, especialmente de origem psíquica.
“É impressionante o número de bancários doentes. No Itaú, há ainda denúncias da volta do ranqueamento por metas, o que só agrava a situação”, relatou.
Terceirizações e precarização
No Santander, além de demissões, fechamento de agências e adoecimento, os trabalhadores enfrentam a precarização das condições de trabalho por meio de terceirizações e contratações fraudulentas.
“Nenhum outro banco desrespeita tanto as leis trabalhistas e pratica tantas medidas antissindicais quanto o Santander”, afirmou o diretor do Sindicato e representante da COE, Marcos Vicente, que também participou do ato em Copacabana.
Em breve, você confere mais imagens das manifestações nos três bancos.
Conferência Nacional
Os problemas comuns enfrentados nos bancos privados — fechamento de agências, demissões e adoecimento da categoria — serão debatidos nos encontros nacionais dos trabalhadores do setor e na 27ª Conferência Nacional dos Bancários, que acontecem neste fim de semana, em São Paulo.