O Grupo de Trabalho (GT) Saúde reuniu-se na terça-feira (12) com a direção do Itaú para cobrar melhorias no atendimento médico e nas condições de saúde no trabalho. Durante o encontro, dirigentes sindicais apresentaram aos representantes do banco as principais queixas dos funcionários: falta de autonomia dos médicos das clínicas credenciadas — que só concluem o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) após contato com o médico coordenador em São Paulo; repetição de exames com o objetivo de alterar o resultado do ASO; emissão do documento apenas por e-mail; e avaliações médicas voltadas mais para a vida pessoal do trabalhador do que para suas condições de trabalho. Outro ponto levantado foi a dificuldade para acessar o prontuário médico.

Direitos dos funcionários

A COE (Comissão de Direito dos funcionários Organização dos Empregados) criticou as exigências lembrando que o bancário tem o direito de recusar o documento caso não concorde com o resultado e encontra dificuldades quando precisa verificar as anotações médicas e exames, pois o acesso é burocratizado e dificultado pelo Itaú. Representantes do banco prometeram que a empresa vai criar um espaço para contestação do resultado do ASO e disponibilizar um comprovante físico do exame se o trabalhador solicitar.
“Queremos que o Itaú respeite o bancário que adoece em função da própria gestão de metas do banco. A situação chega a tal ponto que há demissões de trabalhadores em tratamento de doenças graves, inclusive câncer”, criticou Edelson Figueiredo, diretor executivo de Saúde do Sindicato do Rio de Janeiro, que participou da reunião em São Paulo. Confira mais detalhes da negociação em nosso site: www.bancariosrio.org.br.