Segunda, 04 Agosto 2025 20:50

Itaú: protesto na Tijuca cobra o fim do fechamento de agências e das demissões

Maria Izabel , Adriana Nalesso e Laércio Pereira durante a atividade do Sindicato na Tijuca contra a extinção de agências,  as demissões e a sobrecarga de trabalho no Itaú Maria Izabel , Adriana Nalesso e Laércio Pereira durante a atividade do Sindicato na Tijuca contra a extinção de agências, as demissões e a sobrecarga de trabalho no Itaú

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou na quinta-feira passada, 31 de julho, mais uma atividade contra o fechamento de agências, as demissões e a sobrecarga de trabalho no Itaú. Desta vez, a mobilização ocorreu em três unidades do bairro da Tijuca, Zona Norte da cidade: a do Itaú Personalitê da Praça Saenz Pena, a da esquina da Conde de Bonfim com a Rua General Rocca e outra também na Conde de Bonfim. 
"O banco alega que há 90% de realocação de funcionários de agências extintas, mas isso só ocorre num primeiro momento. Em seguida demite os trabalhadores que não atingem as metas ou tenham 'baixo rendimento' segundo os critérios do próprio Itaú, o que não aceitamos", disse a diretora do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel durante a atividade, que contou com o apoio dos bancários e da população. 

Queixas dos clientes 

A agência da Praça Saens Pena teria recebido clientela e funcionários de outras cinco agências da região que foram extintas, aumentando a sobrecarga de trabalho e o adoecimento de bancários, além de precarizar o atendimento à população. "O fechamento de agências é muito focado no varejo, mas há um novo modelo de unidade de negócios com apenas três funcionários, sem caixa. Por isso, a importância dessas atividades e da participação da categoria aderindo às mobilizações do Sindicato e nas redes sociais a fim de dar visibilidade à luta da categoria", acrescentou Izabel. 

Novas tecnologias 

O Itaú fechou pelo menos 228 agências no Brasil e há municípios com 40 mil habitantes sem sequer uma agência física na cidade. Outra preocupação do movimento sindical é em relação ao uso das novas tecnologias pelas empresas, especialmente a Inteligência Artificial (IA).
 "Tecnologia é necessário, mas nessa transição não dá para o bancário trabalhar com medo de ser demitido", disse a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso. Ela destacou ainda o uso destes meios tecnológicos para promover uma verdadeira invasão de privacidade do empregado, com "o bancário sendo monitorado onde estiver, fazendo visitas externas". Adriana defendeu uma discussão sobre a questão ética desta prática. 

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