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Imprensa do SeebRio

Parece não haver limites para a obtenção de ainda mais lucro por parte do Itaú Unibanco. A mais recente medida neste sentido foi o anúncio do lançamento do “Itaú Emps”, um novo aplicativo para empresas-clientes. A nova artimanha tem como objetivo colocar estes clientes pessoa jurídica – micro e pequenos negócios – para fazer o trabalho dos gerentes que a nova IA vai substituir, oferecendo uma solução baseada em autosserviço.

A informação foi divulgada na segunda-feira (21/7), dias antes da negociação coletiva sobre novas tecnologias como IA e atividades bancárias, que ocorreu neste dia 28 de julho entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.

Maria Izabel Menezes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, criticou a mudança. “É o que temos repetido sempre: as inovações tecnológicas têm que vir para melhorar o serviço, para ser uma ferramenta de auxílio (à categoria bancária), e não de substituição. Esse é o grande nó. Essa tecnologia tem que vir para melhorar o atendimento, o serviço e não para substituir o ser humano, mas não é o que vemos”, afirmou.

A plataforma digital utiliza Inteligência Artificial Generativa (GenAI) para atender micro e pequenos empreendedores. O aplicativo, que vem sendo desenvolvido há dois anos, é voltado a pequenos negócios e profissionais autônomos com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 3 milhões.

Neiva Ribeiro, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, também criticou. “Vamos apresentar propostas sobre o tema, porque nós queremos uma transição justa para o modelo de inteligência artificial que garanta o emprego bancário, o respeito ao meio ambiente, leve em consideração a redução da emissão de carbono e garanta que no futuro a humanidade tenha trabalho decente e possa se beneficiar dos ganhos da produtividade do trabalho”, afirma.

A IA Generativa do “Itaú Emps” surgiu para apoiar o empreendedor na tomada de decisão financeira. A tecnologia analisa os dados transacionais e fornece recomendações sobre custos, receitas, fluxo de caixa e crédito.