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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Alinhar os pontos que serão levados à mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), prevista para agosto, e definir uma data indicativa para o Seminário Nacional de Segurança Bancária, que deve ocorrer em novembro. Esses foram alguns dos temas tratados na reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT nesta quinta-feira (10) com representantes das federações e sindicatos de bancários de diversas regiões do país para debater as principais preocupações e propostas relacionadas à segurança no setor financeiro
“Estamos preparados para mais uma vez fazer o debate sobre segurança com os bancos, apresentando as propostas dos trabalhadores e até demandas de clientes e usuários. Além da segurança física, que fala do direito à vida, precisamos falar dos crimes digitais que estão causando prejuízo aos clientes”, afirmou André Spiga, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que representa no coletivo a Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) e de seus sindicatos filiados, entre eles o do Rio. “O mínimo é investir na segurança para um setor que só aumenta ou lucros a cada ano”, acrescentou o dirigente carioca.
A reunião foi marcada por relatos contundentes sobre a precarização das condições de segurança nas agências. Os representantes destacaram o fechamento de unidades físicas, especialmente nos grandes bancos, gerando demissões e aumentando a pressão sobre os locais que permanecem abertos. Em muitos casos, os próprios bancários estão sendo obrigados a abastecer os caixas eletrônicos (ATMs), uma função que deveria ser realizada exclusivamente por empresas de segurança especializada.
Bancos querem economizar – Outro ponto de preocupação é a atuação dos bancos junto a prefeituras para retirada das portas giratórias de segurança das agências, medida que coloca em risco a integridade de trabalhadores e clientes. As chamadas “agências de negócios”, modelo cada vez mais adotado pelas instituições, também foram criticadas por não contarem com estrutura de segurança adequada.
Idosos – Os idosos têm sido particularmente prejudicados com o avanço do autoatendimento e da digitalização, tornando-se alvos frequentes de golpes e fraudes. A falta de suporte presencial nas agências aumenta ainda mais a vulnerabilidade desse público.
Para Jair Alves, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, o debate foi fundamental para traçar estratégias e cobrar uma postura mais responsável por parte dos bancos. “A segurança bancária precisa ser tratada como prioridade estratégica. Não podemos permitir que trabalhadores e clientes fiquem expostos a riscos por falta de investimento ou descaso com os protocolos. Nossa luta é para que a segurança acompanhe as transformações digitais e preserve a integridade de todos que utilizam os serviços bancários”, afirmou.
Entre as principais reivindicações que serão levadas à Fenaban estão:
Avaliação dos planos de segurança das agências pela Polícia Federal;
Proibição de abertura de terminais de autoatendimento por funcionários;
Obrigatoriedade de sinalização externa nas agências sobre a inexistência de numerário no local;
Visitas técnicas aos centros de segurança dos principais bancos;
Participação de representantes da Polícia Federal e especialistas no seminário nacional.