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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Cerca de 300 trabalhadores ocuparam durante uma hora, na manhã da quinta-feira passada (3), o saguão do prédio do banco de investimento Itaú BBA, na avenida Faria Lima, em São Paulo. O edifício com fachada de vidro é considerado o mais caro do Brasil, avaliado em cerca de R$1,5 bilhão.
A manifestação, organizada pela Frente Povo Sem Medo e pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) defende a taxação dos super-ricos e é uma resposta à resistência do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e de parlamentares do Centrão e da ultradireita em relação ao projeto do governo Lula de garantir isenção no Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$5 mil por mês e redução das alíquotas para salários até R$7 mil mensais. Para viabilizar a proposta, a equipe econômica do governo propõe alteração da tributação sobre o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), que foi derrubada no Congresso Nacional.
O governo federal quer ainda tributar no IR pessoas de alta renda (ganhos maiores que R$600 mil por ano), atingindo apenas 140 mil brasileiros, quando a proposta de Lula beneficiará cerca de 20 milhões de trabalhadores, o que a oposição é contra.
O PT (Partido dos Trabalhadores), em resposta a resistência dos deputados e senadores, lançou a campanha “Taxação BBB” (tributação de Bilionários, Bets e Bancos). Em caminhada em Salvador (BA) na quarta-feira (2), o presidente Lula (PT) levantou um cartaz em defesa da “taxação dos super-ricos”.
Ricos não pagam imposto
Os manifestantes defendem a tributação de bilionários, prática que acontece nas nações capitalistas mais desenvolvidas, inclusive nos EUA e na Europa. O projeto tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados e está sob relatoria do deputado federal Arthur Lira (PP), antecessor de Hugo Motta (Republicanos) na presidência da Casa.