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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O governo Lula se esforça para isentar trabalhadores que ganham até R$5 mil por mês do imposto de renda. A medida irá beneficiar também quem recebe até R$7 mil mensais, que terá reduções na alíquota. A medida representa um aumento de renda para 90% dos contribuintes brasileiros. Mas a proposta encontra forte resistência no Congresso Nacional. Deputados e senadores que representam bancos, o agronegócio e grandes empresários não aceitam a contrapartida do projeto, que tributa os mais ricos. A equipe econômica tenta aprovar no Congresso Nacional uma alíquota para as altas rendas. Pelo projeto de lei 1087/25, quem ganha a partir de R$600 mil por ano, passaria a pagar um imposto atingindo pouco mais de 141 pessoas, beneficiando cerca de 20 milhões de trabalhadores.
O governo quer ampliar a receita de R$ 25,22 bilhões com a alíquota para a alta renda, além de R$ 8,9 bi adicionais da tributação de 10% na remessa de dividendos para o exterior, que atinge grandes investidores.
A polêmica do IOF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última segunda-feira (30) que o governo continuará promovendo “justiça social” e que não adianta “gritar”. A declaração ocorre em meio a críticas dos bancos e grandes empresários ao ministro sobre medidas, incluindo o decreto do IOF que foi derrubado pelo Congresso devido ao lobby dos empresários.
“Vamos continuar fazendo justiça social, pode gritar, pode falar, vai chegar o momento do debate, mas temos que continuar promovendo justiça social e não podemos nos intimidar”, disse Haddad. O governo ameaça ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir a aprovação do projeto, que promove uma justiça tributária inédita no Brasil, ainda que bem mais tímida do que nos países desenvolvidos, que chegam a tributar em até 55% os mais abastados e bilionários.