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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Juvandia Moreira disse que o movimento sindical está preparando a sua Conferência Nacional com debates nas bases para organizar a luta dos trabalhadores e definir quais devem ser as prioridades da categoria.
“Estamos vivendo mudanças muito intensas, em que influenciamos e somos influenciados e debatendo como vamos atuar para defender o emprego da nossa categoria e da classe trabalhadora. Por isso estes debates aqui são essenciais”, explicou. A afirmação foi feita na Conferência Estadual da categoria realizada nesta sexta-feira (23), no Rio.
“Hoje todo mundo paga em pix. Como estruturar a Casa da Moeda diante de avanços tecnológicos, como defender os empregos, criar uma IA que seja nossa. Os dados são hoje uma grande riqueza, é necessário regular as redes sociais, que com mentiras podem derrubar uma democracia. Eles escolhem como inimigo o avanço das mulheres, dos negros”, disse Juvandia, que falou também da importância dos trabalhadores debaterem as questões ambientais.
“Eles vão acabando com tudo e a crise climática destrói uma cidade de um governo gerido com o estado mínimo”, declarou, criticando a gestão do governador Eduardo Leite no Rio Grande do Sul.
A resistência dos sindicatos
A presidenta da Contraf-CUT criticou ainda o presidente dos EUA, Donald Trump, a liderança da extrema-direita no mundo. “Trump lidera essa extrema-direita que ataca imigrantes, que é contra politicas de meio ambiente. Mas o mundo não é mais bipolar, ele teve quer recuar no ‘tarifaço’ poque o mundo está interligado, hopje dependemos uns dos outros”, avaliou.
Disse ainda que, no Brasil, a extrema direita cresce com discurso do ódio contra o movimento sindical.
“Eles sabem que somos uma resistêcia para defender ca Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, a Petrobras, os Correios”, explicou.
“Precisamos conversar com o bancário. Se não fizermos nada para mudar o Congresso Nacional, explicando na relação em casa, com vizinhos, discutindo quem vai ganhar com os avanço tecnológicos, que podem melhorar ou piorar nossas vidas. Pode concentrar mais renda e privilégios, fechar mais agências bancárias e gerar mais desemprego ou poderá ser aproveitada para reduzir a jornada de trabalho, criar políticas de inclusão e melhorar a saúde pública”, ressaltou Juvandia, mostrando que o uso das novas tecnologias só será favorável para a sociedade se o trabalhador fizer parte das decisões sobre a utilização da IA. Criticou ainda a flexibilização na regulação do sistema financeiro atendendo interesses do mercado. “Campos Neto foi um dos presidentes do BC que mais criou brechas para favorecer as fintechs e agora vai trabalhar no Nubank. Ele já estava trabalhando para o Nubank porque sempre beneficiou as fintechs”, afirmou.
Juros: mais dinheiro para os ricos
A dirigente sindical disse ainda que BC eleva a taxa de juros para favorecer ao sistema financeiro.
“Isso significa quase um trilhão de reais tirado do orçamento para dar aos especuladores. Esse dinheiro para pagar serviços da divida, em vez de investir em saúde. O SUS, um patrimônio nosso, estaria muito melhor se esse um trilhão fosse para a saúde, e para construir escola integral, investimentos em pesquisa e tecnologias. Nós estaríamos em outro patamar”, acrescentou, dizendo que os que defendem o “estado mínimo” cobram corte nos gastos quando o governo cria um programa de transferência de renda. Veja o projeto de isenção no IR para quem ganha até R$5 mil por mês, isso é distribuição de renda, mas eles não querem cobrar do andar de cima. Se pudessem eles não aprovavam isso, não fazem porque sabem que envolvem eleitores”, completou, defendendo investimentos em crédito mais barato, redução da jornada para melhorar o país. Juvandia voltou a critica fintechs que estão lavando dinheiro do crime organizado, dizendo que criaram “uma bandalheira que pode afetar a nossa economia”.
Consulta Nacional
Ao final, Juvandia defendeu a participação da categoria na Consulta Nacional dos Bancários e lembrou que este ano terá plebiscito popular sobre a redução da jornada e a isenção IR com taxação dos super ricos, cuja campanha começará em julho deste ano. “Vamos colher assinaturas nas agências, nas ruas. Tem que tirar de quem ganha mais. Eles pagam muito menos imposto que a classe trabalhadora, mas essa mudança {tributária} só vai acontecer se a gente for para a rua”, concluiu.