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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou na quarta-feira (7) em 0,5% a Selic, a taxa básica de juros, de 14,25% para 14,75%. A decisão unânime é a sexta alta seguida tornando o patamar dos juros no Brasil, o maior nos últimos 20 anos, desde agosto de 2006.
Os membros do Copom justificaram a nova alta alegando uma “pressão geopolítica”, com destaque para a economia norte-americana e, no cenário interno, a pressão inflacionária, puxada pelas altas dos alimentos e energia.
"Mas, para enfrentar esse tipo de inflação (alimentos e preços) precisamos entender que esses aumentos não estão ligados à demanda, ou seja, à maior procura das pessoas por alimentos", rebate o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan.
O que você tem a ver com isso?
A elevação dos juros afeta diretamente a vida dos brasileiros e o desempenho da economia do país. Um ponto percentual na taxa Selic pode aumentar o custo da dívida pública brasileira em aproximadamente R$ 50 bilhões por ano. Portanto, os 0,5% a mais na taxa básica de juros vai custar para os contribuintes, mais R$ 25 bilhões por ano.
O brasileiro paga no cartão de crédito rotativo cerca de 455% de juros ao ano. No cheque especial chegam a 300%. O trabalhador sofre ainda mais na hora de pagar um financiamento de eletrodoméstico, automóvel ou na prestação da casa própria. A rolagem da dívida do cartão de crédito, que já é quase impagável ficou ainda pior. Mais de 70 milhões de brasileiros e brasileiras estão negativados no SPC. O movimento sindical criticou duramente a decisão.