Segunda, 25 Abril 2022 23:45
ITAÚ

Reunião com elegíveis ao PDV é nesta quarta (27)

Bancários denunciam que estão sofrendo pressão feita através de SMS, email e por ações de gestores. PDV foi feito sem negociação com entidades sindicais
A diretora do Sindicato Maria Izabel critica a pressão feita pelo  Itaú para adesão ao PDV e pelo fato de o banco ter criado o  programa sem negociar com os sindicatos A diretora do Sindicato Maria Izabel critica a pressão feita pelo Itaú para adesão ao PDV e pelo fato de o banco ter criado o programa sem negociar com os sindicatos

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realiza nesta quarta-feira, 27 de abril, às 10 horas, de forma presencial, no auditório da entidade (Av. Presidente Vargas, 502, 21º andar), uma reunião com o seu Departamento Jurídico para ouvir os funcionários do Itaú que estão sendo pressionados pelo banco a aderirem ao PDV (Plano de Demissão Voluntária), que foi criado de forma unilateral, sem nenhuma negociação com os representantes da categoria.

Prejudicial aos bancários

A procura pelo programa tem sido muito abaixo do que a direção do banco esperava e o motivo é um só: a maioria dos empregados elegíveis considera o PDV sem nenhum atrativo e prejudicial aos bancários.
“A pressão tem sido feita através de mensagens enviadas por SMS, por email e através de ações de gestores que transferem trabalhadores elegíveis ao programa de demissão para unidades distantes como um recado aos demais que não aderirem. Do jeito que está não é um PDV, mas um PDI, Programa de Demissão Imposta. O Sindicato repudia esta prática do Itaú”, disse a diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel.

Tratamento desumano

A dirigente disse que o Sindicato está estudando os meios jurídicos para impedir a pressão que os bancários estão sofrendo para aderirem ao PDV, que foi aberto no início de abril e vai até esta sexta-feira (29).
“O banco tem o direito de lançar PDVs, embora o correto fosse construir o programa negociando com a COE e os sindicatos, mas o Itaú está querendo impor, na marra, um programa que não é atraente para o trabalhador. São pessoas com mais de 30 anos de trabalho dedicado à empresa, muitas delas vítimas de doenças ocupacionais e recebem em troca de toda uma vida doada ao banco o desprezo e este tratamento desumano. O banco está forçando a barra para o bancário pedir demissão mesmo sabendo que o PDV é prejudicial ao empregado”, acrescenta Izabel.

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