Quinta, 05 Agosto 2021 22:38

Encontro do Itaú: regras do Gera têm que ser negociadas

Izabel Menezes: Gera é pior que o Agir Izabel Menezes: Gera é pior que o Agir

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

A imensa confusão causada pela troca feita em plena pandemia do programa Agir – de remuneração associada a metas – pelo Gera, só pode ser desfeita com a negociação de um acordo com regras claras para o novo programa. A avaliação foi feita pelos participantes do Encontro Nacional dos Bancários do Itaú, sobre o tema remuneração. O evento transcorreu virtualmente durante toda esta quinta-feira (5/8), reunindo 159 bancários.

A negociação do acordo é um dos itens relativos à remuneração da minuta aprovada pelo encontro a ser entregue ao banco. A diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Izabel Menezes, classificou o Gera como um desastre, um programa ainda pior que o Agir. “Foram fixadas metas ainda mais abusivas, inalcançáveis, e o pior, em plena pandemia, o que é um requinte de crueldade. O Itaú aceitou negociar o Gera, mas, no meio da negociação, criou uma nova ferramenta, oferecendo prêmio a quem batesse meta. Vamos cobrar do banco a abertura de um processo de negociação sério onde as regras do Gera sejam negociadas, para haver transparência, e para não sermos pegos de surpresa com novas mudanças unilaterais”, frisou a dirigente;

Valeska Pincovai, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e integrante da COE, criticou o Itaú e também defendeu a negociação. “Desde o início da mudança do agir a COE vem tentando negociar essas mudanças. O banco fez uma apresentação para a gente, que seria melhor para todo mundo, mas na verdade não foi isso que aconteceu. Por isso, temos que continuar negociando”, afirmou. Disse que com a mudança de regras, mais demissões e com a estagnação econômica, muitas agências deixaram de alcançara metas. “Isto reduziu a remuneração e tem que se corrigido”, defendeu;

Ambas citaram a atualização do PCR como uma conquista e propuseram outras propostas para inclusão na minuta, aprovadas, relativas à remuneração. Entre elas estão a negociação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS), o reajuste dos tíquetes que siga a variação da cesta básica e a gratificação de função para os GSO.

Saúde  

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú foi o tema da quarta mesa de debate do encontro nacional. Luciana Duarte, coordenadora do GT, fez um resgate das negociações feitas no último período. “É muito importante ressaltar a importância de o movimento sindical ter conquistado o GT de Saúde no Itaú. Desde que o grupo foi crido estamos constantemente negociando temas tão sensíveis ao dia a dia do banco, que é saúde do trabalhador. Durante a pandemia, este trabalho ganhou ainda mais importância. Falta muito a se avançar, mas estamos no caminho certo, aos poucos avançando para termos uma condição de trabalho digna”, declarou Simoni Nascimento de Abreu, membro do GT de Saúde do Itaú.

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