Sexta, 14 Novembro 2025 17:37

Sindicato constata: Itaú impede clientes de ir diretamente ao guichê dos caixas

A diretora do Sindicato, Maria Izabel e o diretor Edelson Figueiredo, durante visita a agências. Foto amadora. A diretora do Sindicato, Maria Izabel e o diretor Edelson Figueiredo, durante visita a agências. Foto amadora.

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Imprensa SeebRio

Em visita a agências do Itaú, os diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Maria Izabel Menezes e Edelson Figueiredo, constaram que o banco está impedindo os clientes de irem diretamente ao guichê dos caixas. Passando-se por correntistas, ambos acabaram barrados na porta ao dizer que queriam ir até os caixas, sendo direcionados para as mesas de atendimento por Atendentes de Negócios (ANs). Insistiram, mas, mesmo assim, receberam senhas para o atendimento nas mesas.

‘Neste ponto, nos identificamos e conversamos com o gerente geral. Ao entrar, verificamos que havia uma fila grande no atendimento, e na tela de senhas. Mas a tela para os caixas estava zerada”, contou Maria Izabel, que também é coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE).

A dirigente constatou haver um número reduzido de funcionários, comprovando que, ao contrário do que afirma o Itaú, os que trabalhavam em agências extintas não estão sendo transferidos para outras. Na conversa, o gerente geral tentou justificar o direcionamento para o atendimento em mesas, dizendo estar com quadro reduzido, estando alguns de licença médica.

Edelson Figueiredo, que é diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, aproveitou para dizer que o adoecimento se deve, principalmente, à sobrecarga de trabalho que recai sobre os funcionários que ficam nas agências, em função da extinção de várias outras unidades. “Esta política do Itaú é feita por pura ganância, porque o lucro do banco bate recorde a cada trimestre, não se justificando corte de custos, o que está acontecendo, sobretudo, pelo fechamento de agências e demissões”, frisou Edelson.

Maria Izabel acrescentou que esta situação de funcionamento precário, contradiz a propaganda do Itaú de que é o banco que faz o que o cliente precisa. “Mas é justamente o contrário, pois além dos bancários que são jogados no desemprego, o déficit crescente de pessoal acaba afetando também os clientes que se fossem para os caixas, levariam 10 minutos para serem atendidos, mas que, devido à concentração de todo o serviço nas mesas de atendimento, levam entre 30 e 40 minutos esperando”, avaliou Maria Izabel.

A dirigente adiantou que o Sindicato entrará em contato com o Itaú para solucionar esta situação de descaso com bancários e clientes e, se não obtiver sucesso passará a fazer uma campanha de esclarecimento dos clientes sobre seus direitos. Além disto, a campanha fornecerá orientação, para que quem se sentir prejudicado, entre em contato com o Banco Central e com o Procon, inclusive fornecendo os contatos destes e de outros órgãos fiscalizadores.

Izabel apontou o impedimento de acesso aos caixas como um artifício do banco para, também, burlar a lei antifilas. “Para não ser penalizado, está tirando os clientes da fila do caixa. Assim, evita ser penalizando”, denunciou.

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