EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Itaú implantou um plano-piloto com escala 1x1 (uma semana presencial e uma de home office) na agência digital do Rio de Janeiro, ampliando posteriormente essa jornada para São Paulo.
"A mudança, feita de forma unilateral e sem diálogo com a representação dos trabalhadores gerou grande insatisfação entre os funcionários", explica o diretor executivo da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Edelson Figueiredo.
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro recebeu diversas denúncias de empregados que preferem a escala anterior, de 2x1 (duas semanas em home office e uma presencial), considerada mais equilibrada. Para ouvir a categoria, dirigentes sindicais estiveram no prédio do banco na Avenida Almirante Barroso, no Centro do Rio. Participaram da mobilização Edelson Figueiredo, diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato; Adriana Nalesso, presidenta da entidade; e Paula Rodrigues, pela Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro).
Resultado da consulta
Para aprofundar o diálogo com a categoria, o Sindicato organizou uma consulta com os trabalhadores. Entre os 106 bancários e bancárias que responderam, 98,9% afirmaram preferir a escala 2x1. Apesar do resultado expressivo, o banco divulgou que "a alteração traz resultados positivos para o Itaú", ignorando a insatisfação da maioria.
“O banco é feito de pessoas que se desdobram para atingir metas cada vez mais exigentes. O Itaú precisa ouvir suas bancárias e bancários, mas, infelizmente, não pratica o que prega em suas campanhas publicitárias”, criticou Adriana Nalesso.
A maioria dos participantes da consulta apontou que a nova escala beneficia apenas o banco. Outro ponto que causa descontentamento é a gestão do banco de horas, considerada prejudicial pelos empregados. O movimento sindical pretende ampliar a consulta para reunir mais informações e fortalecer a representação dos trabalhadores em eventuais negociações.
Maria Izabel, diretora do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), também criticou a postura da empresa, que ignorou a reivindicação dos dirigentes sindicais do Rio e ainda estendeu a nova escala para São Paulo.