Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio

Bancários e bancárias do Itaú que participaram da assembleia online realizada na última quarta-feira (21) aprovaram a proposta do banco para o PCR (Programa Complementar de Resultados). A aprovação do acordo na base do Rio de Janeiro foi por esmagadora maioria, atingindo 98,68% de um total de 3.637 votantes. 
A votação foi realizada através da plataforma VotaBem, das 8h às 20h a fim de permitir uma maior participação dos funcionários.
A diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel, elogiou a participação dos empregados na assembleia e avaliou a importância da aprovação da proposta. 

"Nós sabemos que a proposta do Itaú está longe do que os funcionários merecem e do que nós da COE apresentamos que previa a recuperação das perdas que tivemos desde 2010 e levava também em consideração a alta lucratividade do banco.  Mas não há como negar que conseguimos avançar na mesa de negociação em relação ao que o Itaú apresentou inicialmente na reunião e que não valorizava em nada os trabalhadores mediante as metas absurdas. A proposta aprovada ainda é insuficiente, mas teve alguns avanços importantes", disse Maria Izabel.  A negociação do movimento sindical com o banco para tratar do tema vinha sendo realizada desde outubro de 2024.

Creditada em setembro

Com a aprovação do acordo, que atendeu ao indicativo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), dos sindicatos e da COE, o pagamento deverá ser creditado até setembro deste ano, junto com a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da categoria. O acordo vale por dois anos (2025-2026) e, a partir do ano que vem a COE (Comissão de Organização dos Empregados), já começa a negociar o próximo acordo do PCR do ano seguinte.

Como foi a negociação

Inicialmente o Itaú havia apresentado uma proposta insuficiente com reajuste de apenas meio ponto percentual acima da inflação de março (IPCA de 5,20%), com um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) estipulado em 23%. A COE rejeitou até que o banco chegasse à nova proposta (confira no quadro).

Conheça a proposta

A COE rejeitou a proposta e o banco melhorou chegando a uma nova proposta: reajuste de 6,25% (inflação de março mais 1%) e ROE de 22,1%. A Primeira faixa (ROE até 22,1): R$ 3.908,05 e a Segunda faixa (ROE acima de 22,1): R$ 4.096,42.