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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Itaú registrou lucro recorrente gerencial de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 14% ante o mesmo período do ano passado. O resultado foi divulgado na quinta-feira (8) e estava dentro da expectativa do mercado.
"O problema é como o Itaú tem alcançado estes ganhos absurdos, à custa de demissões de bancários a partir da extinção de agências físicas e da exploração da categoria impondo metas desumanas que estão adoecendo os trabalhadores", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Gilberto Leal.
A versão do banco
De acordo com o banco, o número foi motivado pela combinação de um mix saudável da carteira de crédito e de uma inadimplência controlada.
O Itaú se consolida assim, como a maior instituição financeira privada do Brasil e o mais seguro na bolsa de valores, segundo analistas do mercado de ações, superando seus concorrentes Bradesco e Santander.
"Faz parte do capitalismo ganhar dinheiro, mas é preciso valorizar os funcionários, garantir uma PCR digna, mudar a gestão de metas criando um espírito coletivo de busca de produtividade sem pressão, assédio moral e competitividade individual, que tornam nossa categoria líder em doenças psíquicas", acrescentou o dirigente sindical, que é funcionário do Itaú.
Fechamento de agências
O Itaú fechou 227 agências em 2024, reduzindo postos de trabalho e piorando o atendimento presencial à população, especialmente os mais idosos que têm dificuldades de acessar plataformas digitais.
Terceirização
Os bancos privados intensificam ainda um processo de terceirização, que sempre representa mais demissões e precarização do trabalho. O processo de terceirização das áreas de atendimento do Itaú levou à demissão de 62 bancários no CT (Centro Tecnológico), com concentração do banco na capital paulista e pelo menos 130 bancários de agência em uma semana no ano passado.
"É cada vez maior o número de bancários e bancárias dispensados atendidos por nosso Sindicato, no Rio, e nos casos de demissões irregulares, graças a Deus, o nosso Departamento Jurídico tem garantido um grande número de reintegrações", conclui Gilberto.
"O Itaú, como todos os bancos, precisa promover a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções similares e garantir as bancárias o mesmo nível salarial e direito à ascensão profissional. As negras são ainda mais discriminadas no mercado de trabalho", disse a diretora do Sindicato, Jô Araújo.