Quarta, 20 Setembro 2023 17:29

Após pressão das mobilizações, Itaú propõe programa de saúde mental

Reunião do GT de Saúde. Foto: Contraf-CUT. Reunião do GT de Saúde. Foto: Contraf-CUT.

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

“A criação deste programa é um passo positivo após nossas denúncias sobre números alarmantes de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho no banco Itaú. No entanto, cobramos que os programas não fiquem apenas nas apresentações e se tornem uma realidade na vida dos trabalhadores, diminuindo o número de adoecimentos e melhorando a qualidade de vida no trabalho”.

A afirmação foi feita por Luciana Duarte, coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde do Itaú, numa referência à apresentação do programa, que busca abordar o adoecimento mental como um fenômeno multifatorial, feita pelo representante da área de saúde ocupacional e o médico do trabalho do Itaú, na reunião desta quarta-feira (20/9), do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde. Participaram do encontro do GT representantes da diretoria do banco e dos trabalhadores.

Objetivos

Luciana destacou a importância da iniciativa, mas ressaltou, além da necessidade de efetividade do programa, a necessidade de treinamento para a gestão. “Para que os trabalhadores se sintam à vontade para expressar suas queixas, é fundamental que o assédio moral e sexual seja eliminado, pois ninguém vai desabafar sobre assédio com um assediador.”

O programa tem como principais objetivos quebrar o tabu em torno do adoecimento mental, reduzir o estigma associado ele, treinar líderes com habilidades socioemocionais para lidar com o tema e prevenir o adoecimento. Além disso, propõe a realização de ações preventivas com foco na organização do trabalho, incluindo o monitoramento de indicadores para um mapeamento efetivo.

Mais reivindicações

O GT de Saúde do Itaú demandou melhorias no atendimento e no treinamento dos médicos das clínicas conveniadas, visando a melhor preparação para lidar com trabalhadores adoecidos. Também foi cobrada a extensão e melhoria do programa Recomece, considerando que 30 dias não são suficientes para a readaptação no retorno de licença.

Por fim, a equipe do GT de Saúde enfatizou a importância de que os programas propostos se estendam por todo o país e anunciou que irá acompanhar de perto a implementação e os resultados dessas iniciativas. “A busca por um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor é um compromisso que deve ser de todos os envolvidos, e o Grupo de Trabalho de Saúde do Itaú está determinado a garantir que essa meta seja alcançada”, completou a coordenadora.

 *Com informações da Contraf-CUT.

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