Quarta, 28 Junho 2023 17:08

GT de Saúde cobra do Itaú fim das metas abusivas e do adoecimento

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Em reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, nesta terça-feira (27/6), os dirigentes sindicais cobraram do banco o respeito à clausula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O item prevê um debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada bancário e suas cobranças pelo banco.

Segundo matéria publicada no site da Contraf-CUT os representantes dos trabalhadores denunciaram os alarmantes números de adoecimento psíquico relacionado ao trabalho no Itaú. Levantamento feito pelos sindicatos mostrou que 80% dos casos são de esgotamento profissional ocasionados por metas inatingíveis e assédio moral.

Metas coletivas

“As denúncias de assédio aumentaram expressivamente e os afastamentos também. Por isso, propusemos ao banco um programa que respeite as metas acertadas no início do ano, pois os trabalhadores reclamam das constantes mudanças. Também foi proposto um sistema de metas coletivas, minimizando as metas individuais”, explicou a coordenadora do GT de Saúde, Luciana Duarte.

O banco apresentou ao GT o sistema de construção de metas, que leva em consideração apenas o programa e a remuneração, o que não foi o foco da proposta do GT. Para a dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Maria Izabel Menezes, da forma como o Itaú apresenta o programa de metas, parece estar se referindo a um outro banco, numa outra realidade.

“No discurso parece ser tudo muito bonito. Mas a realidade é outra. As metas exigidas são abusivas, a pressão é absurda, fazendo com que as pessoas adoeçam e passem a ter problemas sérios e usar medicamentos de tarja preta. O banco pega profissionais competentes e saudáveis e faz com que eles adoeçam e os descarta em seguida”, criticou a dirigente.

Valeska Pincovai, representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no GT de Saúde do Itaú, também reforçou a crítica e disse que os dados que o banco apresentou não demonstram a realidade do sofrimento enfrentado pelos trabalhadores bancários. É uma realidade paralela, uma visão distorcida do mundo real do bancário do Itaú.

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