Quarta, 14 Junho 2023 18:54

COE volta a cobrar do Itaú fim das demissões e da extinção de agências

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

Os dirigentes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) voltaram a exigir do Itaú o fim do fechamento de agências e das demissões que se seguem, num processo contínuo que vem se acentuado apesar dos lucros crescentes e de ser uma medida de gestão desumana, ao lançar no desemprego milhares de famílias em todo o Brasil. A cobrança foi feita em reunião híbrida (presencial e virtual) com representantes do banco na tarde desta quarta-feira (14).

Também foram debatidos o horário de abertura das agências, a avaliação de desempenho e os programas próprios de remuneração. Mas, a principal preocupação da COE é com o fechamento de agências e as demissões que afetam os funcionários e também os clientes, mostrando que o banco desrespeita ambos. A comissão enfatizou a importância de preservar os postos de trabalho e garantir a estabilidade dos profissionais.

Reponsabilidade social zero

Maria Izabel Menezes, dirigente da COE e do Sindicato criticou o banco. “Queremos responsabilidade social do Itaú. Essas demissões têm o potencial de gerar insegurança financeira, instabilidade emocional e dificuldades para arcar com despesas básicas do dia a dia. É um impacto que se estende para além do âmbito profissional, atingindo a vida pessoal e o bem-estar de todos os envolvidos”, afirmou.

Acrescentou que, por isto mesmo, é fundamental que as instituições bancárias, como o Itaú-Unibanco, considerem não apenas os números e indicadores financeiros, mas também o impacto humano e social de suas decisões. “O diálogo entre a direção do banco e os representantes sindicais é essencial para buscar alternativas que evitem demissões e garantam a estabilidade dos trabalhadores. Nossa luta é pela preservação dos empregos, pela valorização dos profissionais e pelo respeito às famílias que dependem desses empregos para o sustento e bem-estar”, afirmou.

Horário de funcionamento

Durante a reunião, foram debatidas propostas para reverter a situação e buscar alternativas que evitem demissões em massa. Além disso, o horário de abertura das agências também foi amplamente debatido. Os representantes dos funcionários levaram à mesa a necessidade de avaliar e ajustar os horários de funcionamento, considerando as demandas dos clientes e o bem-estar dos funcionários.

Remuneração variável

Outro ponto de discussão importante foi a avaliação de desempenho. A COE afirmou a importância de um processo de avaliação transparente e justo, que leve em consideração os esforços individuais dos funcionários, além das condições e metas incentivadas pela empresa. Por fim, os programas próprios de remuneração também foram discutidos durante a reunião.

O COE buscou abordar a eficácia e os desempenhos desses programas, levando em consideração a justa remuneração dos funcionários e a motivação para o alcance de metas individuais e coletivas. “Esperamos que essas discussões resultem em medidas concretas que promovam a estabilidade dos empregos, a valorização dos profissionais e a melhoria do ambiente de trabalho”, concluiu Maria Izabel.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Contraf-CUT.

Mídia