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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18) manter o ciclo de alta da taxa básica de juros. A Selic saltou de 14,75% para 15% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos, superado apenas pela taxa básica de juros de julho de 2006, ocasião em que chegou a 15, 25% anuais.
Cresce a inadimplência
O Brasil continua com um dos maiores juros reais do mundo, o que afeta diretamente a vida dos trabalhadores. Com juros elevados, as famílias têm dificuldades para comprar no crédito e o endividamento dos brasileiros tende a subir ainda mais. Em maio de 2025, o número de brasileiros com o nome inscrito em cadastros de inadimplência, como o SPC e Serasa, atingiu um recorde, com 70,29 milhões de pessoas.
Além de inibir o crédito e, por conseguinte, o consumo, os juros altos afetam também os investimentos das empresas dos setores produtivos.
A economia, dominada pelo rentismo no Brasil, controlada por um cartel de bancos, prejudica o país como um todo, impedindo a retomada do desenvolvimento econômico iniciada pelo governo Lula e aumentando ainda mais a dívida pública. Só em 2024, o governo federal pagou mais de R$1 trilhão de juros da dívida.
O povo paga a conta
O movimento sindical critica a política monetária do atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, que repete os rumos de seu antecessor, Roberto Campos Neto, de juros nas alturas e vai continuar protestando.
Perdem o povo brasileiro, os setores produtivos e o Brasil. Só ganham com a farra especulativa, banqueiros e grandes investidores. E são estes privilegiados que cobram do governo corte de gastos.
Historicamente, os juros contribuem fundamentalmente para o desequilíbrio das contas públicas do país. Mas Bradesco, Itaú e Santander, além das fintechs e plataformas digitais de pagamento, como Nubank e Inter, fingem não saber disso.