Quarta, 21 Dezembro 2022 16:37

Bancários entregam a Lula documento sobre novo papel social da Caixa

Sindicatos e Contraf-CUT revelam atual situação da estatal e sugerem caminhos para recuperar a função social dos bancos públicos
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) entrega ao presidente Lula, que assume o governo em Janeiro, o documento do movimento sindical bancário em defesa do fortalecimento da Caixa para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) entrega ao presidente Lula, que assume o governo em Janeiro, o documento do movimento sindical bancário em defesa do fortalecimento da Caixa para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil Foto: Divulgação/Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e outras seis entidades associativas e de representação dos empregados, além da representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, entregaram ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (19), um documento com informações sobre a atual situação do maior banco público da América Latina e a necessidade de retomada da estatal enquanto banco público e importante instrumento para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. O ato da entrega do documento foi feito pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI).

A herança de Bolsonaro

No documento intitulado Uma nova Caixa para um novo Brasil, o movimento sindical bancário apresenta dados que mostram o processo de descapitalização da Caixa após os quatro anos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os relatos e dados mostram que a instituição teve reduzida a sua capacidade de execução de políticas sociais e de contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país.

O papel social do banco

Além de problemas em investimentos sociais, a Caixa passou, nos últimos anos, por um processo de desestruturação, inclusive com a nomeação de executivos de “mercado” para cargos de gestão corporativa, num evidente conflito de interesses entre público e privado.

“Ficou evidente que o presidente Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes fizeram todo o possível para a Caixa deixar seu papel social em segundo plano, fatiando a empresa e criando um clima interno de banco privado, com pressão e perseguição de empregados, assédio moral e sexual e metas desumanas que levaram os bancários ao adoecimento ou pedidos de desligamento da empresa”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Paulo Matileti.

Diálogo com os bancários

O objetivo do documento é também o de sugerir caminhos para que o banco retome sua função social.

“O próprio presidente Lula tem falado da importância das estatais e dos bancos públicos para a retomada do crescimento econômico, geração de emprego e renda e das políticas sociais, como habitação, saneamento e o Bolsa Família. O movimento sindical vai cobrar esta retomada, fundamental para a reconstrução do país, bem como a luta por melhores condições de trabalho dos empregados”, completou Matileti.

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