Segunda, 09 Mai 2022 21:27

Calote e incompetência são marcas da Gestão de Pessoas de Pedro Guimarães

Pressão dos bancários faz banco alterar regras do Ciclo 2021 do GDP. Calote referente aos prêmios da campanha de 2018 segue inexplicado
NA LUTA COM VOCÊ - O diretor do Sindicato e presidente  da Apcef/RJ, Paulo Matileti, criticou a gestão de  Pedro Guimarães na Caixa Econômica Federal NA LUTA COM VOCÊ - O diretor do Sindicato e presidente da Apcef/RJ, Paulo Matileti, criticou a gestão de Pedro Guimarães na Caixa Econômica Federal

A pressão dos empregados da Caixa, através dos sindicatos e entidades de representação e associativa, fizeram a direção do banco promover alterações no Ciclo 2021 do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e no mecanismo de “curva forçada”. A conquista vem após a empresa pagar o bônus Caixa com enorme disparate até entre bancários de uma mesma unidade. Os sindicatos consideram o calote e a incompetência, marcas da atual gestão de Pedro Guimarães.
“Não bastasse a incompetência da gestão de pessoas de Pedro Guimarães, que até mesmo pagando “bônus” gerou insatisfação geral. Diversos ganhadores da campanha #TamoJunto9Bi, de 2018 - premiação em 2019 - até hoje não receberam seus prêmios. Resta saber se o presidente da Caixa criticará a gestão anterior, já que Temer não raramente se coloca como conselheiro de Bolsonaro”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
O também diretor do Sindicato e presidente da Apcef-RJ, Paulo Matileti também criticou a direção do banco. “A confusão que a direção da Caixa fez é um misto de incompetência da gestão do Pedro Guimarães, típica do governo Bolsonaro, com a tentativa de criar um modelo de bonificação aos empregados para enfraquecer o movimento sindical e a nossa luta pela PLR, mas eles deram com os burros n’água, pois trouxeram insatisfação em todo o quadro de funcionários”, afirma.

Mais assédio e pressão

O movimento sindical critica o mecanismo de “curva forçada”, introduzido pela atual administração no GDP e a falta de transparência nos métodos de avaliação que desqualifica o trabalho realizado pelos empregados, além de permitir mais assédio moral e pressão pelo cumprimento de metas desumanas.
O mecanismo de “curva forçada” havia classificado 65% do quadro ‘de razoável para ruim’. Limitava ainda a 5% o número de empregados, de todos os grupos, que poderiam ser avaliados com desempenho “excelente” e 30% com “excelente” e “superior”. Os sindicatos consideram o modelo retrógrado e que já foi abandonado até pela iniciativa privada nos anos 80, por não conseguir melhorar o desempenho dos trabalhadores e ter sido usado como instrumento para reduzir a remuneração, potencializar o assédio moral e justificar demissões.
O movimento sindical defende que o GDP promova um modelo baseado na solidariedade e na busca coletiva por melhores resultados e não como ocorre atualmente, priorizando o individualismo e criando a competição entre os trabalhadores.

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