Quinta, 10 Dezembro 2020 23:13
CAMPANHA NACIONAL

Nesta sexta (11) tem tuitaço contra o desmonte da Caixa

Bancários querem sensibilizar a sociedade a defender a Caixa 100% pública e repudiar o projeto privatista do Governo Bolsonaro

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), sindicatos e entidades associativas de todo o país realizam nesta sexta-feira, dia 11 de dezembro, uma campanha contra a reestruturação da Caixa Econômica Federal. Haverá um tuitaço às 11 horas da manhã em repúdio ao desmonte e a política privatista do ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que já tornou público seu desejo de entregar aos interesses privados, estatais importantes, inclusive bancos públicos. Serão utilizadas as seguintes hashtags, em protesto contra os abusos da atual gestão da empresa: #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil; #MaisContrataçõesMenosFilas e #CaixaRespeiteOEmpregado.
“A população já compreendeu a importância de um banco público como Caixa nos momentos em que a população mais necessita, como no pagamento do auxílio e do FGTS Emergencial, papel social que as instituições financeiras privadas jamais vão desempenhar. É um momento propício para esta campanha pela valorização dos bancários e contra o projeto de privatização do governo”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Paulo Matileti.

Insegurança e preocupação

Além de denunciar a reestruturação unilateral no banco, sem planejamento e nenhuma negociação com os empregados, a campanha cobra respeito da direção e mais contratações de novos concursados pela Caixa.

“A sociedade precisa saber que o desmonte piora o atendimento e sobrecarrega ainda mais os empregados nas agências. Queremos respeito à categoria e a população”, explica Rogério Campanate, diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

As mudanças impostas pela direção da Caixa têm pressionados os empregados a aderirem ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV), trazendo insegurança e preocupação entre os trabalhadores da empresa.

A Caixa tem hoje um déficit de mais de 19 mil trabalhadores e as contratações não estão nos planos do banco e nem do governo federal.
O movimento sindical orienta os empregados da Caixa a se vestirem de preto no dia do ato nacional.

O fato de a reestruturação estar sendo imposta sem nenhuma informação oficial do que está acontecendo de fato na empresa tem gerado pânico e insegurança entre os trabalhadores.

Mediação do MPT

O Sindicato do Rio protocolou  nesta quinta-feira (10), um pedido de mediação do Ministério Público do Trabalho em função da direção da Caixa estar pressionado os empregados a aderirem ao PDV por conta da reestruturação na empresa.

“Como o próprio nome sugere, aderir ao PDV tem de ser uma opção ‘voluntária’ do trabalhador e não pode haver constrangimento e nem pressão para a adesão como tem acontecido segunda denúncias dos bancários”, acrescenta Campanate.

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