Quinta, 12 Novembro 2020 14:55
NA LUTA PELO EMPREGO

Sindicato paralisa agências e regional da Barra contra demissões no Bradesco

Protestos da categoria vão continuar até que os bancos suspendam o processo de dispensas
NA LINHA DE FRENTE – Diretores do Sindicato passaram todo o dia apoiando a paralisação dos bancários do Bradesco nas unidades da Barra da Tijuca NA LINHA DE FRENTE – Diretores do Sindicato passaram todo o dia apoiando a paralisação dos bancários do Bradesco nas unidades da Barra da Tijuca Celso Ramalho/Criar

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Em mais uma atividade em protesto contra as demissões em massa no Bradesco, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro paralisou as agências e a regional na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. A receptividade dos funcionários foi total, em solidariedade aos colegas demitidos pelo banco. Clientes e usuários reclamam que, com as dispensas, as filas aumentam e o atendimento piora.

“Além de ser uma covardia os bancos demitirem em plena pandemia, descumprindo acordo feito com a categoria, esta prática sobrecarrega ainda mais quem continua trabalhando nas agências, que nos relataram a elevação da pressão e do assédio moral por metas abusivas”, disse o diretor do Sindicato Leuver Ludoff, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados). O dirigente sindical lembrou ainda que a mobilização vai continuar, com protestos semanais até que os bancos suspendam o processo de dispensas.

Fechamento de agências

O Bradesco anunciou que prevê encerrar o ano de 2020 com redução de 1,1 mil agências em comparação com 2019. A afirmação foi feita pelo presidente do banco, Octavio de Lazari, no final de outubro. A alegação é a de que o corte faz parte de um “plano de reestruturação de despesas” do banco, que para isso realizou uma provisão adicional de R$ 879 milhões.

Das 1,1 mil agências previstas para encerrar as atividades, 400 correspondem a espaços físicos que serão fechados, enquanto outras 700 serão incorporadas e transformadas em unidades de negócios. Já foram fechadas ou incorporadas até o momento 683 agências e segundo Lazari, mais unidades deverão ter suas atividades encerradas.

“Como justifica um banco que, em plena recessão econômica, aumentou seu lucro em quase 30% em relação ao trimestre anterior, faturando em três meses R$5,031 bilhões, alegar a necessidade de um corte de despesas roubando o emprego dos funcionários, que são quem produzem toda a riqueza do banco”, critica o diretor do Sindicato Geraldo Ferraz.

A campanha nacional nas redes sociais fez com que o repúdio às demissões no Bradesco fosse um dos temas mais comentados no Twitter na última quarta-feira, dia 11 de novembro.

Confira na Galeria de Imagens de nosso site, mais fotos da atividade.

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