Quarta, 11 Novembro 2020 16:12
BRADESCO

Campanha contra demissões é um dos temas mais comentados no Twitter

Sindicatos vão continuar mobilização até que os bancos suspendam o processo de demitir em massa

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A campanha nacional dos bancários em protesto contra as demissões em massa no Bradesco foi um sucesso nas redes sociais nesta quarta-feira, dia 11 de novembro e acabou sendo um dos temas mais comentados no Twitter com as hashtag #QuemLucraNãoDemite e #QueVergonhaBradesco.

Esta não é a primeira vez que a mobilização da categoria fica entre os assuntos mais destacados nos espaços virtuais interativos. As manifestações vão continuar esta semana, inclusive com atividades nas agências e vias públicas.

“Estamos conseguindo atingir o nosso objetivo que é o de levar ao conhecimento da opinião pública a crueldade dos bancos que dispensam milhares de trabalhadores em plena pandemia e descumprem assim, o acordo feito com os bancários de preservar os empregos neste momento de grave crise sanitária no país e no mundo. Nossa mobilização vai continuar até que as instituições financeiras suspendam esta política desumana de demitir em massa”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Leuver Ludoff, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco. Outros dois gigantes do cartel do sistema financeiro nacional, o Itaú e o Santander, seguem na mesma linha de dispensar funcionários para elevarem ainda mais os lucros.

“Quando o setor mais lucrativo do Brasil reduz drasticamente o número de postos de trabalho, inclusive demitindo bancários com doenças graves como lúpus, câncer e Aids, apenas para acumular ainda mais dinheiro, é que algo está muito errado em nosso país. Há uma elite financeira que coloca os lucros acima da vida e dos interesses coletivos da sociedade que está também por trás das decisões do Governo Bolsonaro de retirar direitos, arrochar salários, desmantelar o estado social e privilegiar ainda mais banqueiros e especuladores”, completa Leuver.  

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,031 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado foi quase 30% superior na comparação com os três meses anteriores.

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