Quinta, 02 Dezembro 2021 15:41
BANCO DO BRASIL

Sindicato protesta contra retorno de grupo de risco ao trabalho presencial

Atividade fez parte do Dia Nacional de Luta. Bancários reivindicam direitos do teletrabalho. Departamento Jurídico consegue liminar que suspende volta de funcionários com comorbidade às unidades físicas
PROTESTO NO SEDAN - Rita Mota criticou a decisão unilateral da direção do BB de promover o retorno do grupo de risco ao trabalho presencial e defendeu os direitos para quem continua no teletrabalho PROTESTO NO SEDAN - Rita Mota criticou a decisão unilateral da direção do BB de promover o retorno do grupo de risco ao trabalho presencial e defendeu os direitos para quem continua no teletrabalho Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Nesta quinta-feira (2), o Sindicato realizou, na Senador Dantas, um protesto em defesa das reivindicações dos funcionários do BB, numa atividade realizada em nível nacional. Durante os protestos, os bancários receberam a boa notícia de que o Departamento Jurídico da entidade havia conseguido uma liminar suspendendo a decisão unilateral da direção do Banco do Brasil de promover o retorno de pessoas do grupo de risco para o trabalho presencial. O movimento sindical defende que estes trabalhadores continuem em home office e cobra um acordo sobre o tema.

Direitos no teletrabalho

O funcionalismo defende ainda um acordo para garantir os direitos dos bancários que continuam no teletrabalho, com melhorias nas condições de trabalho, ajuda de custo para gastos como internet e energia elétrica e equipamentos para o exercício da atividade profissional em casa.

“Este ato no Sedan é em defesa do acordo negociado para garantirmos os direitos dos bancários que estão no teletrabalho. E, enquanto estávamos no protesto, recebemos a boa notícia no campo jurídico, pois nosso Sindicato conseguiu uma decisão liminar que suspende o retorno dos trabalhadores do grupo de risco ao trabalho presencial. Queremos que estes trabalhadores continuem trabalhando remotamente. É uma questão de priorizar a vida. Esta pandemia está longe de terminar e estamos vendo que variantes da Covid-19 ainda preocupam o mundo inteiro, inclusive na cidade do Rio de Janeiro”, disse Rita Mota, diretora do Sindicato do Rio e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários. A sindicalista lembra que o banco criou “um calendário para o retorno dos bancários do grupo de risco, mas a maioria tem sido constrangida para voltar imediatamente às unidades físicas”.

A decisão tomada pelo juiz substituto Nikolai Nowosh, da 1ª Região do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro sustenta que o banco descumpriu acordo com os funcionários ao decidir unilateralmente pela volta dos bancários do grupo de risco ao trabalho presencial. 

“Pessoas com comorbidades são mais vulneráveis ao contágio, cujo risco é ainda maior em função da necessidade do uso dos transportes públicos, o que é descrito no próprio manual do banco sobre os cuidados com a Covid-19”, acrescenta Rita, destacando ainda que há casos de funcionários que cuidam de crianças e idosos com comorbidades.

A presidenta do Sindicato do Rio Katia Branco, que participou do ato no Sedan, lembra que a vitória na Justiça não é definitiva, pois a decisão cabe recurso. “Precisamos manter a mobilização para pressionar o BB na mesa de negociação e garantir os direitos dos bancários”, completa.

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