Domingo, 08 Agosto 2021 15:41

Para manter o BB público é preciso derrotar Bolsonaro

João Fukunaga coordena debates na abertura do 32º Congresso dos Funcionários do BB João Fukunaga coordena debates na abertura do 32º Congresso dos Funcionários do BB

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensaa SeebRio

Na abertura do 32º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil foi unânime a visão dos representantes de forças políticas do movimento sindical bancário e de centrais sindicais de que para manter o BB público é necessário derrotar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O entendimento é o de que a privatização, não apenas de bancos oficiais, mas também das demais empresas públicas, é um projeto do governo, um compromisso assumido com bancos e outros grupos privados nacionais e estrangeiros.

“É preciso ampliar as mobilizações pelo fim deste governo que além de ter como objetivo atender os interesses dos grupos privados entregando a eles empresas públicas estratégicas e altamente lucrativas, é um governo genocida, responsável pelo contaminação e morte de mais de 560 mil pessoas, ao boicotar a compra de vacinas e as diversas medidas de prevenção”, argumentou Juliana Selbach, do Movimento de Esquerda Socialista. Thais Rabelo, do Movimento Nacional de Oposição Bancária, disse que não se pode esperar as eleições, mas fazer isto agora. Danilo Funke, do Fórum Bancário do Interior, acrescentou que, para isto é necessária a unidade de todas as forças políticas, centrais sindicais e partidos progressistas.

“Trata-se de um governo arbitrário que avança contra a democracia, o patrimônio público, entre eles, o BB; que é responsável pela morte de milhares de pessoas, muitas delas bancárias e bancários e que tem interesse em fazer o país retornar a um passado sombrio, o que os bancários e a sociedade brasileira não podem permitir”, afirmou.  Ronaldo Zeni, do movimento Bancários Podem Mais, disse que não basta lutar contra a privatização, mas por um banco voltado para a sua finalidade social. “O BB não pode estar voltado para dar lucro ao seu acionista majoritário, o governo, mas para o desenvolvimento nacional”, disse.

Brenno Almeida, do Enfrente, lembrou que defender o BB público, é também defender o emprego, a Previ e a Cassi. “Além de fortalecer a luta pelo impeachment é preciso eleger um governo que represente os trabalhadores”, afirmou. Juliana Donato, da corrente política Resistência, ressaltou que vivemos um momento muito difícil, com o governo fazendo uma série de duros ataques aos direitos dos trabalhadores, entre eles, a privatização de empresas estratégicas para o país, como os Correios, a Eletrobrás, o BB e a Caixa Econômica Federal. Avaliou que para cumprir sua função social, o Banco do Brasil tem que voltar a ser 100% estatal.

Eliza Figueiredo, da Unidade Sindical, frisou que o país vive uma tragédia humana, além das mortes por covid-19, de exclusão social, aumento da miséria, do desemprego, do preconceito, da intolerância e do ódio, incentivados pelo governo “Neste congresso temos que aprovar a defesa de toda a sociedade contra esta política de terra arrasada de Bolsonaro, da qual faz parte a privatização do BB, que é um financiador do desenvolvimento nacional”, defendeu. Elias também defendeu a reestatização do banco.

Edilson Montrose, da central Intersindical, disse não acreditar que o Congresso Nacional controlado pelo Centrão, o grupo de partidos mais fisiológico, aliado de Bolsonaro, aprove a abertura do processo de impeachment. Defendeu a ampliação da eleição de um governo voltado para o país, em 2022. Avaliou que grande parte dos funcionários não sabem que perderão os empregos e demais direitos, como a perda da Cassi e da Previ, com a privatização. “É preciso ampliar o diálogo para reforçar estes prejuízos”, afirmou.

Bianca Garnelini, da CSD (CUT Socialista e Democrática) alertou que a democracia está em risco com Bolsonaro no poder. “Este é mais um motivo para aumentarmos a participação dos funcionários do BB nos protestos Fora Bolsonaro”, ressaltou. Sebastião de Araújo defendeu as eleições como saída para a situação atual.

Getúlio Maciel, da Articulação Bancária, lembrou que o país vive uma profunda crise sanitária, social, econômica e moral, aumento da inflação, do desemprego e da miséria. “E isto é consequência de um governo atrelado à morte que massacra os trabalhadores e governa para os ricos”, disse. Acrescentou que este projeto atinge as empresas públicas e a exclusão social que, no BB, fecha agências e corta postos de trabalho. “O banco não pode fazer o papel de um banco privado, como quer o governo e a atual diretoria do BB. Para mudar toda esta realidade é preciso lutar para derrotar e acabar com este governo, e, em 2022, eleger outro que seja o seu oposto”, defendeu.

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