Terça, 20 Abril 2021 19:58

Votação do relatório econômico-financeiro da Cassi vai até o dia 28

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, bem como a Contraf-CUT e os sindicatos e federações a ela filiados em todo o país aprovam, com críticas, o Relatório 2020 da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). O documento contém o resultado econômico-financeiro da instituição e será submetido à avaliação dos associados, que podem aprová-lo. A votação, da qual participam todos os associados, começou na última segunda-feira (19/4) e vai até o dia 28 deste mês.

O motivo que leva as entidades a orientar pela aprovação, mesmo com críticas, é que o relatório das contas reflete fielmente a situação financeira da Cassi. “É isso o que estamos aprovando”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Nós fizemos um documento e publicamos o boletim O Espelho (para ver clique aqui) expressando nossas críticas”, completou.

As críticas

A Cassi existe para cuidar da saúde dos associados. É importante apresentar resultado positivo, mas este não é o objetivo central da instituição como a diretoria atual da Cassi quer fazer crer. No relatório, inclusive, faz questão de deixar transparecer que o superávit foi fruto de uma suposta eficiência e de inovações na gestão. O texto, inclusive, parece muito o de apresentação do balanço de um banco.

Rita Mota diretora do Sindicato e membro da CEBB lembra, a respeito, que muito do resultado financeiro se deveu à redução do número de consultas, exames e procedimentos eletivos, por conta da pandemia. “Essa diminuição para evitar a contaminação, pode causar um efeito de agravamento de doenças, na medida em que não está havendo um acompanhamento preventivo, represando uma demanda futura por procedimentos pós-pandemia”, argumentou.

Outra crítica é em relação à telemedicina, apontada como uma solução definitiva, quando não é, nem poderia ser num plano de saúde. Vale como solução paliativa, inclusive para quem não tinha acesso à rede credenciada. A telemedicina entra em choque com a Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo adotado pelos melhores e mais modernos sistemas de saúde do mundo e que foi indicada por consultorias especializadas contratas pela própria Cassi, que atestaram o ESF como melhor estratégia de redução de custos.

Também é fundamental ressaltar que como a situação financeira da Cassi está equilibrada, a Contraf-CUT e as entidades representativas reivindicam a redução dos percentuais de copartipação anteriores a 2019, revogando a decisão unilateral tomada pelo conselho de deliberativo da Cassi. Não faz sentido continuar penalizando aqueles que mais precisam dos serviços médicos. As entidades defendem, ainda, a ampliação do fornecimento de medicamentos de uso contínuo, alguns deles de alto custo, para garantir o tratamento adequado para todos.

*Com informações da Assessoria da Comunicação da Contraf-CUT

Mídia