Sábado, 29 Agosto 2020 01:13

BB desiste de cortes de direitos e Comando orienta pela aprovação da proposta

Direção do banco, após forte mobilização nacional dos bancários nas redes sociais, desisti de corte na PLR e da redução dos ciclos de avaliação da GDP
É HORA DE DECIDIR - Neste sábado (29), os bancários do Banco do Brasil participam de nova assembleia para deliberar sobre as propostas da mesa única (Fenaban) e do acordo coletivo do funcionalismo É HORA DE DECIDIR - Neste sábado (29), os bancários do Banco do Brasil participam de nova assembleia para deliberar sobre as propostas da mesa única (Fenaban) e do acordo coletivo do funcionalismo Arte: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Após um exaustivo processo de negociação finalmente a direção do Banco do Brasil recuou e desistiu de uma série de retirada de direitos dos funcionários. A mudança na posição da empresa só foi possível graças a forte mobilização dos bancários, com atividades e protestos em todo o país e nas redes sociais, especialmente no Twitter. O banco desistiu de cortar pela metade a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e de reduzir o ciclo de avaliação da Gestão de Desempenho Profissional (GDP) de três para apenas um para os descomissionamentos. Na avaliação do movimento sindical, caso essa mudança fosse feita, os trabalhadores iriam sofrer ainda mais com a pressão por metas, gerando maior insegurança de perder seus comissionamentos.

O Comando Nacional dos Bancários avalia que estão esgotados os limites de negociação e recomenda a aprovação da proposta.
“A organização de luta e a pressão da categoria  foram fundamentais para a reversão das propostas apresentas, levando a direção do banco a desistir da retirada de direitos. Nesta conjuntura tão difícil, de ataque aos direitos dos trabalhadores a proposta apresentada hoje (sexta, 28) é importante e uma derrota para a política econômica do governo, que ataca as conquistas trabalhistas e achata salários”, disse a diretora do Sindicato do Rio Rita Mota, que faz parte da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEE-BB) e participou do exaustivo processo de negociação.  

Abonos e intervalos

O BB manteve a proposta de impedir que os funcionários possam em receber em dinheiro os dias de folga não utilizados, mas mantendo o acúmulo e a conversão por mais um ano. O saldo até 31 de agosto poderá ser acumulado e vendido. A partir de 1º de setembro, os abonos poderão ser convertidos em espécie até o dia 31 de agosto de 2021. A partir daí não poderão nem ser transformados em pecúnia e nem acumulados. Na proposta inicial o banco não queria permitir a conversão e o acúmulo de cinco abonos. Agora a empresa decidiu deixar o bancário acumular os abonos e ele poderá converter cinco até 31/8/2021.

Também houve avanço sobre o registro no sistema do intervalo de 15 ou 30 minutos para quem cumpre jornada de seis horas. O intervalo de 15 minutos continuará na forma atual e o intervalo a partir de 30 minutos deverá ser registrado em ponto eletrônico.

Mesas específicas

O acordo também prevê a instalação de três mesas paritárias, com a representação da empresa e dos trabalhadores, de discussões específicas sobre os funcionários de bancos incorporados, mesa de saúde e segurança bancária e mesa de escritório digital e teletrabalho.

Haverá nova assembleia virtual neste sábado (29), a partir das 20 horas, desta vez para deliberar sobre as propostas da mesa única e do acordo coletivo específico dos funcionários do BB. A participação de toda a categoria é fundamental. Inscreva-se pelo link: https://pt.surveymonkey.com/r/HMWQ6RK

                                               Confira os avanços da Nova Proposta

 

 

Fonte: Contraf-CUT

 

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