Terça, 25 Agosto 2020 01:14

Banco do Brasil quer reduzir pela metade a PLR do programa próprio

Bancários repudiam redução da regra da Fenaban e do programa próprio do BB e demais cortes de direitos

O Banco do Brasil se manteve irredutível no corte de direitos na reunião realizada na última segunda-feira, dia 24 de agosto, repetindo a postura das negociações anteriores. No Acordo Coletivo de Trabalho vigente, o banco distribui 4% de seu lucro líquido linearmente entre os funcionários e ainda quer reduzir esse percentual para 2% do lucro líquido. A redução proposta na mesa única pela Fenaban já levaria a uma queda de até 48% do valor pago aos trabalhadores. Com a redução de 50% do programa próprio, os ganhos do funcionalismo cairiam ainda mais. O movimento sindical rejeita qualquer proposta que represente um retrocesso nas conquistas dos bancários.

GDP

No item sobre a Gestão de Desempenho Profissional, além de criticar o processo de desfiguração da GDP, o movimento sindical repudia a intenção da empresa em alterar a cláusula 49 do acordo coletivo, que trata da “dispensa de função ou de comissão” de acordo com a avaliação de desempenho do banco. O BB quer reduzir o prazo de observância de três para apenas um ciclo de avaliação para retirada da comissão de função. No atual acordo, o banco não pode descomissionar nenhum funcionário que não tiver pelo menos três GDPs com avaliação abaixo do desempenho. Os sindicatos querem também abrir uma negociação sobre as mudanças do processo de avaliação feitas em julho deste ano.

Carreira de Mérito

O banco não respondeu ainda sobre a demanda referente à mudança na pontuação da carreira de mérito, na implantação do “Programa Performa”, implementada no início do ano, antes da pandemia. A proposta reduz a média da pontuação, diminuindo o salário e a carreira de mérito, que o empregado só vai perceber na hora de sua promoção, quando ele verifica que sua remuneração é menor do que a dos demais colegas que já haviam sido promovidos.

Abono Assiduidade

Outro tema debatido foi o abono assiduidade, que são cinco por ano. Pelas regras atuais, os funcionários podem utilizar os dias com folgas, acumular no ano ou receber em espécie os dias. O banco quer que o abono não seja mais acumulativo e nem o trabalhador tenha o direito de receber em dinheiro. Os sindicalistas rejeitaram também a proposta da alteração do intervalo de 15 minutos de descanso para quem tem jornada de seis horas. O banco quer alterar o tempo para 30 minutos, mas fora da jornada de trabalho, o que os trabalhadores não aceitam. O BB quer acabar também com o intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos de quem trabalha no autoatendimento. “O movimento sindical não aceita a retirada de direitos e quer a renovação da Convenção e do acordo coletivos”, afirma a diretora do Sindicato do Rio Rita Mota.

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