Segunda, 03 Novembro 2025 18:57
NA LUTA A GENTE CONQUISTA

Pressão dos funcionários fez BB voltar a valer as substituições e derrubar suspensão das férias

Mais uma vez ficou provado que a participação dos bancários faz a categoria virar o jogo a seu favor. Agora é lutar contra metas abusivas, pela jornada de 6 horas e debater o custeio da Cassi. Nesta quarta (5) tem Dia Nacional de Luta
No interior do CCBB teve distribuição do Jornal Bancário para o funcionalismo. Na quarta-feira (5) tem um novo Dia Nacional de Luta No interior do CCBB teve distribuição do Jornal Bancário para o funcionalismo. Na quarta-feira (5) tem um novo Dia Nacional de Luta Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A mobilização nacional dos funcionários e funcionárias do Banco do Brasil, organizada pelos sindicatos no último dia 22 de outubro, surtiu efeito. A direção do banco reabriu o diálogo com a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), em reunião realizada no dia 29/10, e recuou, atendendo a duas das principais reivindicações da categoria: voltou a valer as substituições remuneradas e os bancários poderão tirar férias nos meses de novembro e dezembro.

“Sem dúvida, esse recuo do Banco do Brasil é uma importante vitória da mobilização do funcionalismo e do movimento sindical. Não podemos perder de vista que isso foi fruto do nosso Dia Nacional de Luta, das matérias publicadas no Jornal Bancário, no site e nas redes sociais, além das mobilizações e do enfrentamento contra as arbitrariedades que o BB vem impondo”, comemorou Alexandre Batista, integrante da CEBB e diretor executivo de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários do Rio.

A atividade no Rio

No Centro do Rio, o Sindicato realizou a ‘cachorrada’, ação que distribuiu cachorro-quente à população como forma de protesto contra as arbitrariedades da presidência e da direção do banco. A manifestação aconteceu em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Candelária.

A pressão dos trabalhadores fez o banco reconsiderar as medidas e retroceder na suspensão das férias e na não concessão do salário substituto até dezembro, atendendo ao pleito dos funcionários.

A luta vai continuar

Os sindicatos reforçaram que a mobilização segue firme em defesa das demais reivindicações ainda pendentes.

“Agora é hora de avançar, construir um forte Dia de Luta nesta quarta-feira (5), cobrar que as demais situações que vêm afligindo o funcionalismo sejam debatidas e buscar um denominador comum. Queremos o fim das metas abusivas, o respeito à jornada de seis horas e um banco que enxergue os funcionários como parceiros - e não que adoeça seus trabalhadores”, defendeu o dirigente sindical.

Alexandre destacou ainda que, após cobrança firme dos sindicatos, o banco se comprometeu a abrir uma mesa de negociação ainda este mês para discutir o problema das metas abusivas.

“Também cobramos o respeito à jornada de seis horas e a retomada das discussões sobre o custeio da Cassi, para que esse tema volte à mesa de negociação”, completou o dirigente.

Novas denúncias

Segundo a CEBB, as regras de substituição e férias que envolvem a alta gerência e as superintendências seguem as mesmas aplicadas nos anos anteriores. “Questionamos denúncias de que, em algumas unidades, haveria suspensão de férias em janeiro e fevereiro. O BB afirmou desconhecer qualquer orientação nesse sentido e se comprometeu a verificar se houve algum equívoco em alguma diretoria. Caso isso seja confirmado, o banco orientará os gestores sobre os devidos procedimentos e nos dará retorno”, explicou o representante da base do Rio na CEBB.

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