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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Alexandre Batista (D) durante uma atividade do Sindicato no Banco do Brasil: entidades sindicais convocam o funcionalismo a participarem das manifestações em resposta aos ataques da direção do banco contra os bancários
Foto: Nando Neves
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O movimento sindical e o funcionalismo do Banco do Brasil preparam uma grande mobilização nesta quarta-feira (22), o Dia Nacional de Luta, para denunciar à sociedade o desrespeito da presidenta do banco, Tarciana Medeiros, e das diretorias da instituição com os trabalhadores da empresa pública. No Rio de Janeiro a atividade será a partir das 14h, no Centro Cultural do BB (CCBB), na Rua Primeiro de Março, 66, Centro.
Não é de hoje que a direção do BB impõe metas abusivas e pressões que têm causado adoecimento físico e psicológico entre os funcionários e funcionárias. Mas, segundo o movimento sindical, a situação se agravou com as recentes medidas adotadas pela direção do banco.
Pacote de ataques
De uma só vez, o Banco do Brasil anunciou um pacote de medidas que afronta os direitos dos trabalhadores e a representação sindical, entre elas: o fim do pagamento das substituições; a suspensão das férias nos meses de novembro e dezembro; o aumento da jornada de trabalho e a extinção dos caixas. Além disso, há um problema que não é novidade: o BB é a única instituição financeira que não solucionou ainda a questão das horas não trabalhadas durante a covid-19, insistindo na cobrança das horas negativas geradas durante a pandemia.
E todos estes ataques sem qualquer diálogo com as entidades representativas da categoria.
“A lógica do Banco do Brasil hoje se assemelha à do setor privado, com uma política de metas que contamina o ambiente de trabalho e estimula disputas individuais. O bancário acaba dependendo da remuneração variável para ter uma renda minimamente compatível com o esforço da sua rotina de trabalho e para o sustento de suas famílias”, criticou Alexandre Batista, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e representante da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB).
Prejuízo causado pelo Agro
Os dirigentes sindicais lembram que os trabalhadores não podem ser responsabilizados pelos prejuízos do banco, resultado de uma gestão temerária que não impôs garantias para o financiamento do Agronegócio.
Em 2026 o Plano Safra vai financiar mais de R$400 bilhões para o setor do agronegócio.
“O BB fez empréstimos ao agronegócio com avaliação de risco temerária, o que contribuiu para a piora no balanço da empresa”, acrescenta Alexandre.
Em agosto, o balanço semestral do BB revelou que o índice de inadimplência — com atrasos acima de 90 dias — subiu para 4,21%, contra 3% no mesmo período de 2023. O aumento vem justamente do bilionário setor do agronegócio, que hoje concentra boa parte do calote.
“Essa gestão tem sido ruim para todos e não condiz com o espírito de um governo popular e democrático que vivemos. É por isso que o Sindicato está inserido nesta mobilização nacional”, completa Alexandre, convocando os bancários e bancárias a participarem do Dia Nacional de Luta.
Denuncie ao Sindicato
Os sindicatos orientam o funcionalismo a debater nos locais de trabalho a atual situação no Banco do Brasil e a denunciar abusos cometidos pela direção.
As denúncias no Rio de Janeiro podem ser feitas pelos telefones (21) 2103-4122 / 2103-4123 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..